O técnico Augusto Inácio falou verdades sobre a atuação do Avaí na quinta-feira, na derrota para o Brusque, na Ressacada. O time deixou de fazer muita coisa mesmo. Foi envolvido na defesa, o meio esteve lento e o ataque não levou nenhum perigo a meta de Zé Carlos.

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Foi tudo isso mesmo e a análise está perfeita. E cabe ao treinador dar mesmo uma dura nos jogadores. Cobrar vontade de ganhar, cobrar atitude em campo, desempenho, é papel do treinador.

Inácio só não pode esquecer uma questão importante: é ele que treina este time. Portanto, ele é parte do todo e responsável número um pela atuação fraca da última quinta.

O treinador tem três etapas muito importantes no seu trabalho. Ele treina um time. Ele escolhe o time, montando o esquema tático, a estratégia de jogo e definindo os jogadores. E ele comanda este time durante um jogo. Entre outras coisas.

Então, a bronca é válida. No “balneário” ou no microfone.

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Só que o grande responsável por resolver os problemas da equipe é ele mesmo, o próprio Inácio. Se esse discurso se repetir jogo a jogo, o treinador corre o risco de perder o comando do grupo. É um discurso que se aproxima de uma questão perigosa, que é a transferência de responsabilidade.

Já é a segunda vez. A primeira foi quando perdeu para o mesmo Brusque, na Recopa, e disse que não tinha “extremos” para escalar.