O Figueirense deu o primeiro passo certo para fazer 2019 melhor do que foi 2018. Hemerson Maria é um técnico que pode dar aquilo que o clube precisa. É bom técnico, sabe montar bons grupos com custo mais baixo, tem identificação com o clube e conhece muito bem o Catarinense e a Série B, competições que já venceu. A aceitação com o torcedor é enorme, o que potencializa ainda mais sua chegada. O Figueira terá um grande profissional comandando o time e o grupo, e ainda vira o ambiente com a sua torcida. Foi uma excelente cartada.

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É preciso respaldar o trabalho de Maria

Muito do que consumiu o trabalho de Rogério Micale foi a questão financeira. Ele não é mau treinador, longe disso. Cometeu seus erros, é verdade. Mas o principal fator complicador foram os atrasos de salário, que consumiram não só o trabalho dele, mas também o de Milton Cruz. O ambiente interno era muito ruim, segundo todos os relatos que obtive.

Micale disse que não conseguiu mobilizar. Não é o perfil dele, mas não há quem consiga mobilizar um grupo insatisfeito. É um erro que não pode ocorrer em 2019, porque assim não haverá condição de trabalho para Hemerson Maria também. E tudo que parece estar sendo reconstruído agora pode ir por terra também em 2019.

Um perfil definido

Hemerson Maria trabalha times de uma forma muito organizada. As equipes dirigidas por ele trabalham muito compactas e com defesas sólidas. É algo que o torcedor, que está apoiando agora, precisa entender. O Figueirense não será um time agressivo por princípio. Vai partir de uma solidez defensiva para depois resolver no ataque. O Vila Nova tinha ótimos números na defesa, foi a quarta melhor da Série B, mas o ataque foi o oitavo pior. É algo que precisa ser compreendido para que a velha e equivocada reclamação de “retranqueiro” não acabe desgastando a temporada.

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