A passagem do executivo de futebol do Figueirense, Felipe Faro, pelo Debate Diário ontem, deve ter deixado o torcedor preocupado. São muitas incertezas. Faro não garantiu nem a própria permanência para 2019. Ao mesmo tempo falou de todo o planejamento para a próxima temporada. É um contraste. Questionamos duas vezes claramente sobre a permanência dele e nas duas o executivo não deu certeza, dando margem até que a decisão pode partir dele. O que foi positivo foi a clareza de que o clube precisa equacionar a questão financeira para tocar os desafios do novo ano.

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Haverá muita cobrança e pouca paciência. Será preciso gastar menos e ganhar em termos de qualidade. Faro deu a entender que ele está descontente com a forma como o clube foi tocado neste ano, apesar de ressaltar a autonomia que tinha no futebol, o que também gera um contraste. Afinal de contas, se não esteve satisfeito, porque não trabalhou com autonomia para mudar o quadro estabelecido?

Irritações

O executivo não gostou de ter questionada a sua capacidade de montar a nova equipe. Disse que o time tinha muito a cara do técnico Milton Cruz porque é o trabalho dele, como executivo, fazer a montagem de acordo com os conceitos de quem conduz o time, mas afirmou que fez isso no Santos na época de Neymar.

Era mesmo o superintendente do Peixe naquela época, mas quem tocava o futebol na linha de frente era o gerente Nei Pandolfo, que hoje está no Criciúma, e que praticamente se reportava diretamente ao comitê gestor. Aliás, Faro foi demitido do Santos em 2014 e saiu reclamando da falta de autonomia: “Tudo precisava ser votado. Então era complicado”, disse ao portal Lancenet à época. Mas esse será o seu desafio maior para o próximo ano. Montar o novo time do Figueirense – isso se ele ficar.

Ouça aqui a entrevista completa com Felipe Faro

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