A nova data está escolhida e definida. O segundo recomeço do Catarinense 2020 vai ser dia 28. A Federação e os clubes vão cumprir a quarentena imposta pelas autoridades de saúde do estado, ajustar procedimentos e tentar voltar com muito mais segurança, já que segurança plena não é possível.

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É uma nova chance para mostrar capacidade de controlar ao máximo a disseminação do coronavírus entre os atletas e funcionários dos clubes. Mas provavelmente é também a última chance para finalizar o Campeonato Catarinense 2020.

Um caso ou outro vai aparecer. É normal que ocorra, já que futebol não vai conseguir fugir do que é realidade pra todos neste momento em que o estado passa pelo pior período da pandemia, ainda em crescimento.

O que não pode ocorrer é uma nova explosão, como na última semana, com a volta dos jogos. Foram mais de 20 casos positivos confirmados entre quarta-feira e domingo.

O risco ainda é grande. Justamente pelo período que o estado vive, com números de infectados, internados e mortes aumentando.

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A correção no protocolo é positiva. O controle tende a aumentar com os testes RT-PCR mais frequentes e obrigação de realizar 48 horas antes das partidas. Não dava pra seguir tentando praticar futebol com os testes rápidos, menos precisos, e que tem uma janela de dez dias para detecção do vírus – após dez dias da infecção. Em dez dias são realizadas três rodadas. Seria um risco muito grande de ter jogadores e outros profissionais transmitindo e em campo jogando.

Nesta quarta, o médico infectologista Antônio Miranda, vice-presidente do Figueirense, explicou no Debate Diário, da CBN Diário, o ciclo de transmissão do vírus, dando mais tranquilidade. Segundo Miranda, com os testes PCR antes dos jogos há um risco bem menor de que algum atleta contaminado esteja em campo transmitindo a doença.

É isso que se espera. Os clubes têm duas semanas de treinos e reorganização, com monitoramento frequente até a volta dos jogos. É tempo suficiente para realinhar procedimentos e mostrar eficiência das novas medidas. 

Ao mesmo tempo, é preciso acompanhar a curva de disseminação do vírus no estado. O ideal é que ela começa a descer, mas não é o provável segundos os próprios especialistas. Então, o risco ainda vai ser considerável.

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