Para um clube do tamanho do Figueirense chegar numa última rodada de Série C lutando para não cair para a Série D é porque muita coisa errada aconteceu. Os erros da direção do Figueirense são enormes e vêm se repetindo nos últimos anos.

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Mas neste post destaco alguns momentos importantes da temporada que estão determinando o resultado final. Mesmo que o Figueirense consiga a permanência estes erros precisam ser avaliados e o clube tem a obrigação de corrigir a rota. Envolvem decisões administrativas e do futebol diretamente. 

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Os SETE erros fundamentais

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Erro UM – contratação de Cristóvão Borges para comandar o time no início da temporada. O que parecia ser um acerto – e até mesmo a imprensa imaginou assim – na prática foi um equívoco. Vale Registrar que a forma como foi demitido, de rompante, logo após a derrota para o Hercílio Luz no Orlando Scarpelli, nas quartas de final do Catarinense, também foi um sinal de que as decisões da temporada iriam no caminho errado.

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Erro DOIS – A queda da Recuperação Extrajudicial do clube na Justiça Catarinense. O Figueirense perdeu ação de autoria de um dos credores do clube. Havia a contestação sobre o quórum mínimo de credores na origem da RE, em 2021. A Justiça acatou a contestação e o Figueirense perdeu com isso o crédito de empréstimo que teria no início do ano para viabilizar a temporada 2023.

Erro TRÊS – O empréstimo de Oberdan para o futebol da Coréia do Sul. Oberdan era o principal jogador da equipe das últimas duas temporadas, destaque absoluto e dono do meio de campo do time que quase subiu no ano passado. Com a operação, o Figueirense dava mostras claras de que os negócios estavam à frente do futebol como prioridade. O time atual nunca teve um substituto para Oberdan.

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Erro QUATRO – A manutenção da “família Lages” no comando do futebol do Figueirense. Por mais que a direção explique que há um comitê que decide as ações do futebol, José Carlos Lages e seu filho, Lucas Lages, sempre estiveram à frente das operações no mercado. Nos bastidores cheguei a ouvir que Lucas Lages era a “inteligência do futebol alvinegro”. O filho de José Carlos Lages não aparece, nunca deu uma entrevista, mas é quem faz todos os contatos das contratações no mercado e está no dia a dia do futebol do clube.

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Erro CINCO – a contratação de Roberto Fonseca para o início da Série C. Mais um erro de avaliação de treinador. Roberto Fonseca estava em baixa e sem resultados nos últimos anos. Veio para o Figueirense e montou um time na retranca e sem alternativas de jogo e ataque. Foi demitido após o vexame da derrota em casa para o Pouso Alegre no dia do aniversário do clube. Pouso Alegre que foi já rebaixado por antecipação na Série C. 

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Erro SEIS – O negócio envolvendo o meio Rodrigo Bassani, registrado no Figueirense, mas que não jogou nesta temporada no Clube. Bassani, um dos poucos destaques do Figueira nos últimos anos, também foi jogar na Coréia do Sul. O Figueirense serviu apenas como clube “ponte” da negociação. Bassani é outro que não teve um substituto no time atual.

Erro SETE – A mudança ineficiente no Departamento de Futebol. Saiu o coordenador Abel Ribeiro, chegou o executivo Renan Mobarack. Com passagens discretas por clubes de pequena expressão no Rio Grande do Sul, o executivo não conseguiu mudar com boas ideias e contratações o perfil do time do Figueirense, que continuou sendo um time frágil e cheio de apostas que nunca se confirmaram.