João Burse ganhou pontos mais uma vez e foi bem na montagem da equipe e na forma como o time se apresentou no jogo coletivo e na estratégia. O Figueirense, nitidamente, estava muito bem preparado para a partida, com uma defesa sólida que travou o jogo do Avaí no primeiro tempo.

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Mas o comandante alvinegro perdeu pontos nas mexidas, que não tiveram as melhores escolhas. Claro que o trabalho dele foi prejudicado pela atitude infantil do lateral esquerdo Tito e a expulsão no início do segundo tempo. Mas na recomposição da defesa, na entrada de Jonathan, o jogador para sair era Nicolas e não Cesinha. Sem o camisa 10 o Figueirense perdeu o passe para potencializar os dois melhores atacantes, que são Pato e Alisson.  

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E quando tirou Nicolas e colocou Bernabé, Burse poderia ter corrigido o primeiro equívoco. Era pra ter colocado um jogador de meio de campo para ganhar novamente o passe e a possibilidade de acionar os pontas. O Figueirense não conseguiu mais jogar. Nicolas ficou como uma peça nula e depois Bernabé também. Sem uma meia de passe não houve muito mais como sair da pressão imposta pelo homem a mais do Avaí.

Barroca jogou bem o jogo dos 90 minutos

Eduardo Barroca vence o primeiro clássico dirigindo o Avaí (Foto: Fabiano Rateke, Avaí)

Já Barroca teve apenas um pecado. Demorou para colocar Jean Lucas na partida. Já poderia ter voltado com ele no intervalo. O time precisava da qualidade dele no passe e na criatividade. 

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Depois, Barroca poderia ter colocado Jean Lucas imediatamente após a expulsão de Tito, para aproveitar melhor o homem a mais em campo. 

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Mas Barroca teve estrela em apostar mais uma vez no atacante Poveda, contra quase todas as opiniões (inclusive a minha). Foi a tal história do “não abandono jogador”, que dessa vez deu muito certo pra ele, pra Poveda, e, principalmente, para o Avaí. 

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Nas trocas depois do 1 x 2, Barroca foi muito bem, estava com um volante e dois meias para criar e ganhar o jogo e quando obteve a vantagem no placar, trocou para dois votantes e um meia. Já era 35, placar a favor, e um homem a mais. Era tocar a bola, fazer o tempo passar e garantir a vitória. O jogo e o resultado dão respaldo e fôlego para a sequência do trabalho.