Esportivamente, 2019 foi um ano perdido para o Figueirense. Mas foi também um ano de grande reencontro: o Figueirense com ele mesmo, com suas raízes. A dificuldade fez renascer o mais real sentimento de paixão do torcedor com o seu clube.
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A missão era muito complicada. Fora de campo, era preciso tirar do clube quem estava ali somente para usufruir daquilo que o Figueirense produz de bom, com seu futebol. Dentro de campo, depois de passado o momento de maior de crise, era preciso fazer um time praticamente rebaixado à terceira divisão, sobreviver na Série B.
O risco era enorme. Era a ameaça de o Figueirense deixar de existir. Como já escrevi antes, quiseram acabar com o Figueirense nesta temporada. Mas ele foi forte com sua gente, brigou muito, e se manteve de pé.
A última partida da competição, neste sábado, já não tem mais aquela tensão pelo resultado. O Figueirense já está livre da ameaça do rebaixamento. Vai ser um encontro de fechamento de temporada, com agradecimentos. A torcida vai agradecer ao time e à diretoria atual pela permanência. O time vai agradecer ao torcedor pelo suporte, pelo apoio na dificuldade.
A única questão em aberto, e que deve ser levada à sério, são as ameaças na Justiça Desportiva, já manifestadas pelo Criciúma e pelo Londrina. Ganhando o jogo, o Figueirense soma mais três pontos na tabela e diminui o risco de alguma contestação. Mesmo considerando que a diretoria avalia não haver nenhuma irregularidade ou risco, a equipe deveria entrar em campo forte, competitiva e concentrada em fazer uma vitória.
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2019 está acabando neste sábado. O Figueirense está deixando pra trás, com suas confusões, com suas ameaças, com grandes problemas financeiros e administrativos, com WO e tudo. Era um ano para reconstrução. Isto foi adiado para 2020. E que seja!