A empresa ainda não cumpriu a totalidade do que está combinado pelo “termo de compromisso” assinado no dia 30 de julho. O prazo termina, na realidade, nesta quinta-feira (29), no final do dia. É a primeira parcela dos aportes previstos até abril de 2020, num total de R$ 19 milhões. O vencimento desta parcela era terça-feira (27), com uma tolerância de 48 horas. Por isso que o limite do limite é o final do dia desta quinta-feira.

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O que apurei é que na quarta-feira o total colocado foi de R$ 500 mil, o que ainda está distante do que está combinado para esta data. Não é nem metade. Portanto, ainda há mais algumas horas para que o prazo seja cumprido, ou não, e o caminho seja continuidade ou rescisão contratual. 

O que existe internamente é um entendimento que está muito difícil seguir com este cenário atual, com aporte ou sem aporte, e, neste sentido, alguma nova negociação pode surgir para que as partes resolvam o que é melhor para o Figueirense.

Minha opinião? Com aporte ou sem aporte o melhor para o Figueirense é romper com a Elephant, que trouxe o clube a um caos financeiro, administrativo e que beira a virar caos esportivo também. O time desceu a tabela nas 10 últimas rodadas e seguir mais um mês neste ambiente pode ser fatal para o futuro do clube nas próximas temporadas.

Ouça o comentário do CBN:

O foco de Eutrópio

O técnico do Figueirense usou a palavra “foco” algumas vezes na coletiva pós-jogo, na terça-feira (27). Estava certo ao justificar que o time perdeu totalmente o foco na competição. Os problemas do Figueirense no dia a dia acabaram com a concentração da equipe no campeonato. O Alvinegro virou passageiro e tem sido uma equipe apenas de corpo presente em campo.

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Não estou querendo dizer que os jogadores fazem isso de propósito, muito pelo contrário. O que estou escrevendo é que o fora de campo afetou muito o dentro de campo. Não há mais projeções. Não há como trabalhar estratégias de jogo e nem de tabela. Isso precisa ser retomado urgentemente. 

O time está no limite para entrar na zona de rebaixamento, o que seria ainda pior pelas pressões que traria a reboque. Mas só vai voltar a concentrar na competição se o fora de campo for resolvido. Não há como blindar mais.

Isso teve uma linha divisória, que foi a saída de Hemerson Maria. Eutrópio, em verdade, não conseguiu trabalhar ainda. Vai começar o returno no sábado (31) e o time recebe o Guarani, que é o lanterna. Desta quinta até sábado, o treinador precisa minimamente fazer este grupo focar em um só resultado. É urgente voltar a vencer.

Defesa no STJD

O renomado advogado Eduardo Carlezzo vai defender o Figueirense nesta sexta-feira (30) no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) no julgamento em que o clube corre risco de perda de pontos por causa do Fair Play financeiro. Carlezzo esteve na linha de frente de alguns casos famosos do futebol sul-americano. Foi ele que fez a defesa do Boca Juniors no famoso caso do spray de pimenta no jogo contra o River Plate em 2015. É um dos mais respeitados entre os especialistas em direito desportivo. O caso é complicado, até por isso o Figueirense precisava estar bem representado, como vai estar. 

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