O Figueirense que joga no Orlando Scarpelli merece muito a vaga na Série B. Já o Figueirense que joga como visitante não merece. Essa “crise de identidade” do time do técnico Junior Rocha deixou por um fio de esperança a possibilidade de uma vaga na segunda divisão nacional em 2023.

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A passagem dos dois jogos em Belém e em Salvador foi desastrosa. Não só em termos de resultados, mas também nas atuações. Atinge agora o aspecto anímico também. Contra o Paysandu, uma partida em que o time não marcou bem e não soube jogar quando tinha a bola. Contra o Vitória, equipe tinha algum desempenho no ataque, mas estava frágil e desarrumada na defesa.

Nem parecia a mesma equipe que havia feito duas grandes atuações em casa contra estes mesmos adversários. No Scarpelli, nos 5 x 1 contra o Vitória e nos 2 x1 diante do Paysandu, o Figueira teve as melhores atuações do ano. Esteve agressivo, competitivo, forte no ataque e sólido na defesa.

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Não há argumento que justifique tamanha diferença. A primeira destas diferenças é de atitude. Nas redes sociais o torcedor pega como exemplo a caminhada de Zé Mário, que não se esforça para tentar cobrir o buraco na zaga para o gol de Trellez, do Vitória. Claro que Zé Mário não é o único responsável pela derrota em Salvador. Mas aquela caminhada é um exemplo de falta de atitude competitiva e de espírito de decisão.

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Ficou quase impossível porque é muito ruim entrar numa rodada final sendo refém de um resultado paralelo, que é a situação atual do Figueirense. Precisando vencer e de um tropeço do Vitória (empate ou derrota) contra um Paysandu que já está eliminado e desmotivado.

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A vaga esteve tão perto. Agora está muito longe. Era só vencer o Vitória e a classificação seria antecipada nesta quinta rodada, neste domingo em Salvador. Agora já não basta só vencer o ABC. Permanecer um terceiro ano na Série C é uma perspectiva devastadora. A realidade, por cruel que seja, é que no momento o futuro do Figueirense não depende somente dele mesmo.

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