A entrevista do técnico Jorginho, do Figueirense, após o empate com o Botafogo-SP, no último sábado no Orlando Scarpelli, não foi nada boa.

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Irritado com o resultado e com o desempenho do time, Jorginho reclamou de quase tudo. Isentou os dois zagueiros e o goleiro. Falou na coletiva de erros e mais erros do time como se ele estivesse à margem do problema. Não está.

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Pelo contrário, o técnico sempre é parte importante em qualquer problema que o time que ele dirige apresenta dentro de campo. Jorginho faz parte do problema. É o responsável. Em vez de reclamar da forma como reclamou, ele precisa achar soluções.

Figueirense ficou num empate sem gols no último sábado
Figueirense ficou num empate sem gols no último sábado (Foto: Patrick Floriani/ FFC)

Aliás, desde que o Campeonato Brasileiro começou, Jorginho não pode reclamar de não ter recebido reforços – já são 17 contratações – e de tempo para treinar a equipe. A Série C é jogada aos finais de semana somente. Os treinadores estão tendo semana cheia para treinar e preparar cada jogo com o máximo de cuidado.

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Para que um time tenha passe é preciso ter jogadores em campo com essa característica. Na semana passada escrevi aqui que o treinador do Figueirense precisava estruturar o meio de campo da equipe. No sábado o time entrou em campo com o meio esvaziado e quatro atacantes na frente. São jogadores de definição e não de construção. Por característica, não vai haver bom passe.

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Jorginho pode se irritar e pode até reclamar, mas o primeiro que precisa ter tranquilidade e clareza para achar soluções é ele. Ele é o comandante. É ele que escolhe os jogadores, organiza a equipe taticamente, treina o time, coloca em campo com a estratégia escolhida e faz as mudanças durante o jogo.

O Figueirense está patinando na Série C, acumulando empates. O turno vai acabar na sexta-feira, contra o Criciúma. O momento é agora. O Figueirense precisa começar a ganhar jogos.

Ouça a entrevista do técnico Jorginho após o empate com o Botafogo-SP:

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