Termina hoje o prazo de inscrições de jogadores para o Catarinense 2019. E no Figueirense o recado já está muito claro: não vai vir mais ninguém para reforçar o time para as finais. As contratações vão ser somente para a Série B. O recado foi reforçado na quarta-feira pelo presidente Claudio Honigman, em entrevista ao repórter Kadu Reis, na CBN Diário.

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Cheguei a escrever aqui que Hemerson Maria, pelo ótimo trabalho que vem fazendo, merecia um respaldo com contratações já para as finais do Estadual. Seria mesmo uma boa, porque o time vem líder, invicto, mas possui muitos garotos que podem sentir o peso de uma decisão, que é bem diferente do que jogar as partidas regulares de pontos corridos, como são os jogos da fase de classificação. Só que a realidade do clube não permite tal regalia.

Austeridade vai permanecer

“O problema é que nossa responsabilidade vai muito além. Não adianta reforçar e começar a não pagar que vai vir à tona todo o problema. É duro. Não tem como. As pessoas não sabem os números, não conhecem as contas, mas não dá pra fazer loucuras senão a gente pode perder tudo que a gente conquistou em pouco tempo”. São frases que ouvi ontem e que explicam a realidade de forma bastante crua no Figueirense.

O tempo ainda é de recuperação financeira e de correr atrás daquilo que precisa ser reconstruído. Ainda não dá pra começar a investir novamente. É perfeitamente compreensível diante daquilo que todos acompanharam nos últimos anos. O Figueira recuperou parte da sua credibilidade, ganhando alguma abertura de mercado, com essa boa largada de ano. É fácil reconhecer que está certo em se segurar e não empolgar em três meses.

Parcerias e contratações

Na mesma entrevista, Claudio Honigman admitiu que o clube vai fazer de cinco a seis contratações para a Série B, e que as conversas já existem e estão em andamento. O que apurei nos bastidores é que as últimas duas semanas foram bem produtivas nas negociações. Na semana passada houve uma reunião no escritório do empresário Eduardo Uram, que pode facilitar a vinda de atletas.

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Nesta semana, os dirigentes fizeram visitas produtivas com conversas com o Athlético e com o Corinthians. Alguma parceria pode ocorrer, como uma que o próprio Figueirense já teve com o Athlético na época da gestão Prisco Paraíso. Para hoje, a realidade é que não vai chegar mais ninguém, mas para a Série B o torcedor pode esperar.