A vitória parcial do primeiro tempo era algo pra se valorizar muito, pela possibilidade de fazer os três pontos diante da Ponte Preta fora de casa e pelo futebol que o Figueirense produziu. O gol foi obra do acaso, numa sobra de bola na entrada da área, que ainda desviou na defesa para matar o goleiro adversário, em uma das duas únicas finalizações do time neste primeiro tempo.
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O time não jogava o mesmo futebol das partidas diante do CRB e Juventude (o segundo tempo). Não merecia estar vencendo e nem mesmo perdendo. Estava um jogo pobre dos dois times, com três finalizações da Ponte e duas do Figueirense.
Mas voltar pra segunda etapa com a vantagem no placar era um grande trunfo. Dava para montar uma estratégia para reduzir os espaços e tentar explorar os contra-ataques para definir o placar com um segundo gol. Que nada!
O Figueirense quis jogar de igual pra igual, oferecendo generosos espaços para a Ponte Preta. Os números mostram um pouco do que ocorreu. No primeiro tempo, a Ponte Preta teve 72% de posse de bola e apenas três finalizações. Nenhuma delas foi uma “grande chance”. No segundo tempo, a equipe de Campinas teve menos posse de bola, foram 57%, mas teve quase o triplo de finalizações – foram 11, com três “grandes chances” e dois gols.
Ou seja, o Figueirense fez o que a Ponte queria. Deu espaços para a pressão. Aliás os gols mostram a defesa do Figueirense exposta, desprotegida.
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O importante era batalhar, lutar, agarrar com força a vantagem, se fechar em duas linhas sólidas, pra fazer o tempo passar e proteger o gol do goleiro Sidão.
Agora a matemática ficou bem pesada. Com 19 pontos apenas em um turno inteiro, O Figueirense vai ter que jogar muito e lutar muito para permanecer na B. Em tese, vai precisar 26 pontos. São oito vitórias e dois empates. É o dobro de vitórias do turno.
Como comparação, no ano passado, o Figueirense terminou o turno fora da zona de rebaixamento com 21 pontos. Fez 20 no returno e conseguiu, com uma pontuação muito baixa, a permanência.
Vai ser uma batalha muito difícil este returno 2020.
Ouça o comentário de Rodrigo Faraco para a CBN Diário: