O anúncio oficial (leia o comunicado abaixo) feito pelo Figueirense nesta quinta-feira – de que rompeu o contrato com a Macron – não chega a ser uma surpresa. Há algum tempo o torcedor questiona o processo de chegada da nova fornecedora de material esportivo.

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Conforme já havia apurado e publicado aqui, os prazos não estavam sendo cumpridos pela empresa fornecedora. Na época que fiz a apuração, o Figueirense afirmou que os prazos haviam sido repactuados.

O rompimento revela que a questão não estava tão bem alinhada e encaminhada como o clube quis fazer parecer naquele momento. Era final de junho. O clube encaminhou a seguinte explicação naquela oportunidade:

“O Figueirense desmente categoricamente qualquer informação sobre desajustes entre o clube e a sua nova fornecedora de materiais esportivos. Os termos do contrato entre o Figueirense e a sua nova fornecedora de materiais esportivos, que será anunciada oportunamente, estão dentro do estabelecido, incluindo os seus prazos, os quais foram recentemente repactuados.”

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O que posso trazer agora é que duas questões influenciaram diretamente neste desfecho. O principal deles diz respeito a um pagamento inicial que deveria ter sido feito pela empresa fornecedora. Esse pagamento era uma espécie de royalties pela utilização da marca e não foi realizado. A empresa iria ter o direito de toda a comercialização dos uniformes, com a loja física e vendas on-line.

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O segundo motivo foi a queda para a Série C. O contrato foi celebrado nos moldes de um clube de Série B. O Figueirense na Série B daria a visibilidade necessária para a Macron entrar no mercado brasileiro.

O que resta é que o clube volta a estaca zero. E o contrato rompido agora pode vir até a gerar alguma disputa judicial.

Leia o comunicado do Figueirense:

A diretoria do Figueirense Futebol Clube comunica à sua torcida, que respeitando todos os prazos estabelecidos contratualmente e posteriormente repactuados, encerrou nesta quarta-feira (28), após reunião com representante da Macron (By MBTEX Brasil), realizada no Estádio Orlando Scarpelli, o seu contrato com a empresa de materiais esportivos, em razão do descumprimento, por parte da referida empresa, de cláusulas estabelecidas contratualmente.

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Cabe ressaltar que desde a assinatura do contrato entre o clube e a empresa de materiais esportivos, em 10 de dezembro de 2020, o Figueirense respeitou integralmente os pactos firmados, em conformidade com a política de relacionamentos e a ética adotada pela sua diretoria administrativa, incluindo os termos de confidencialidade contratual e resguardo do layout aprovado, com o material teste sob os cuidados do clube.

A diretoria do Figueirense aproveita para informar que oportunamente trará informações sobre o fornecimento do seu material esportivo.