O jogo caminhava para o apito final, aos 38 do segundo tempo, e com 2 x 0 no placar para o Figueirense. Havia sido um roteiro perfeito para o alvinegro até ali. Acontece que num jogo como este, um clássico, quem está na frente do placar não pode relaxar, porque quem está atrás não vai desistir nunca. O Criciúma queria apenas uma chance de voltar pro jogo. E foi assim que aconteceu. Léo Gamalho, livre, na entrada da área, um chute despretensioso, um desvio no meio do caminho, e o gol do Tigre. Dali pra diante foi só tensão. O Criciúma buscava mais uma bola. E O Figueirense não soube jogar e defender o placar que ainda era favorável. Na bola parada, falha da defesa do Furacão, e a bola pinga na frente de Gamalho, que não teve nenhuma dúvida para empatar o jogo aos 43 do segundo tempo. O Figueirense merecia os 2 x 0, jogava bem, teve chances de fazer o terceiro e controlava bem as ações ofensivas do Criciúma. Um período de desatenção na defesa custou dois pontos.

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Na tabela, resultado ruim para os dois. Em campo, gosto amargo para o Figueirense

Um pontinho na tabela é nada para Figueirense e Criciúma. Os dois seguem no Z4 da Série B. O Figueirense tem sete jogos, com quatro em casa por jogar. O Criciúma tem sete jogos, com apenas três no Heriberto Hulse. Os dois vão ter que lutar muito nestas partidas que restam. O pontinho somado neste sábado não resolve nada. Mas para o Criciúma, que jogava fora de casa e perdia por 2 x 0 até 38 do segundo tempo, o pontinho foi celebrado. E podia ser celebrado mesmo. A derrota esteve muito perto. Para o Figueirense o gosto é amargo. Deixar escapar uma vitória quase certa é muito duro. Ainda mais numa reta final e com uma missão tão dura.

Torcedor respondeu na arquibancada

O desafio dos 15 mil foi feito no início da semana. A torcida comprou a ideia e encheu o estádio com um público total de 15.159. O maior público do Figueirense em toda a temporada. Uma resposta poderosa de suporte ao time nesta reta final de competição. O Furacão ainda tem quatro jogos em casa. Tendo a torcida ao seu lado, nas partidas de casa, enchendo o Scarpelli, a luta pode ser mais suave. Faltou a resposta dentro de campo. O resultado esteve próximo, mas não veio. Foi o que impediu a festa final. Mas o torcedor do Figueirense deu show, lembrando em muitos momentos o Orlando Scarpelli dos anos 2000.

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