O zagueiro Clebão, supercampeão com o Palmeiras, fez história também no Figueirense. Chegou a Florianópolis já com 33 anos para vestir a camisa alvinegra nas temporadas 2003, 2004 e 2005. Foi um dos líderes de um time que marcou e que ganhava. É, sem nenhuma dúvida, um ídolo da história recente no Orlando Scarpelli.

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Foi mais uma das entrevistas do Debate Diário durante a pandemia. Clebão falou com a equipe nesta quinta-feira, direto de Orlando, na Flórida, Estados Unidos, onde mora atualmente com a família.

Relembrou histórias do tempo em que jogou pelo Figueirense, se emocionou com áudios de gols dele da época que foram rodados durante a entrevista, e com mensagens sempre carinhosas dos torcedores. Durante a conversa Clebão também lamentou o que aconteceu com o Figueirense na última gestão com a empresa Elephant, que quebrou totalmente o clube. Mas, ao mesmo tempo, expressou sua confiança na recuperação do Figueira junto com sua torcida.

O ex-atleta é testemunha dos movimentos raciais que sacodem os Estados Unidos desde a semana passada. Relatou o que tem visto de perto nestes últimos dias. Um depoimento importante de quem sabe bem do que está falando.

“A segregação aqui nos estados unidos foi muito forte nos anos passados. Então houve uma luta por parte de Martin Luther King, Malcolm X e do pastor Jesse Jackson, que também é muito atual. Os negros aqui adquiriram direitos na constituição e infelizmente esses diretos foram violados. Então existem estes protestos por causa da morte do George Floyd, que foi praticamente filmada e mostrar pro mundo inteiro. O mundo inteiro está protestando.

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Aqui eles são bastante atuantes, não só os negros, mas vocês também veem os brancos. Eu particularmente estou impressionado como eles tomam a frente todos juntos em prol de uma campanha contra o racismo aqui nos EUA. Não apoio o protesto com violência, mas em muitas cidades alguns próprios policiais estão ajudando nas campanhas sem violência para que o governo possa tomar atitudes pra que não venha a acontecer futuramente ações na questão do racismo.”

Cléber Américo da Conceição, o Clebão, mora nos Estados Unidos desde 2016, está com 50 anos. Tem duas filhas, das quais fala com orgulho. “Ester, 26 anos, formada em design e animação, aqui nos EUA, e Raquel Cristina, 24 anos, que se formou em maio em Biomedicina”.