Na decisão, desta vez, não há favoritos. O Avaí tem, pelo menos, dois trunfos extracampo diante da Chapecoense. O primeiro deles é o fato de poder treinar a semana toda e recuperar jogadores para a partida decisiva. O segundo é o fato de jogar em casa. Para o Leão não há deslocamentos de viagens e não há desgaste durante a semana. A Chape, além do jogo decisivo diante do Avaí no domingo, tem partida eliminatória contra o Corinthians amanhã, pela Copa do Brasil. E vai ter também a viagem para Florianópolis, que não é assim tão desgastante, mas tira um período de treinamentos. Isso tudo não é suficiente para colocar o Avaí como amplo favorito, as semifinais mostraram tudo muito igual. O Verdão tem os jogadores que chegaram e estão acrescentando ao conjunto, assim como o técnico Ney Franco.
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Dentro de campo
Em campo há um fator que favorece o Avaí e outro que favorece a Chapecoense. O jovem goleiro Tiepo, que mostrou insegurança na semifinal contra o Figueirense, e que entrou na equipe pra decidir por causa do antidoping do titular João Ricardo, é motivo de preocupação. É natural, como também é a insegurança do garoto. Mas ele tem qualidade e todos reconhecem isso, interna e externamente. Só que pode pesar neste momento contra a Chape.
O que favorece a Chapecoense é a experiência do time e o número de jogadores que estão acostumados com partidas como a do próximo domingo. Atletas que vestiram camisas mais pesadas do futebol brasileiro, como Amaral, que jogou no Palmeiras, Everaldo, no Grêmio, Márcio Araújo, no Atlético-MG, Palmeiras e no Flamengo, Rildo, que era chamado de Riberildo, quando foi para o Corinthians, e o próprio Ney Franco, que dirigiu Flamengo e São Paulo. Na entrevista coletiva do último domingo, o técnico Geninho chegou a falar sobre isso. O Avaí tem poucos jogadores que enfrentaram esse tipo de decisão, de jogo tenso. São essas questões que mantêm a disputa sem favoritismo e muito aberta.