Um dos aspectos que deveria nortear as escolhas do técnico Alberto Valentim é o físico. Não dá pra ter intensidade e agressividade, pressionar durante 90 minutos ou correr mais que o adversário, se fisicamente o time não estiver muito inteiro. Essa dedicação física começa pelas escolhas do treinador. Valentim deveria ter entre suas premissas, no time titular, pelo menos quatro ou cinco atletas que acrescentem intensidade ao jogo. No time que ele escalou nas duas partidas não teve isso. No máximo, Lourenço tem essa característica. É quase nada.
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O Fortaleza tinha Osvaldo, Romarinho e André Luis. O Goiás tinha Renatinho, Michael e Yago Felipe. Falta no grupo também, é verdade, um jogador de meio com essa característica. Alguém que seja o motorzinho. O meio do Avaí é lento com Pedro Castro, Julinho e Douglas. Os atacantes Caio Paulista e Getúlio poderiam dar essa intensidade na frente, junto com Lourenço. É um dilema que precisa ser resolvido. O que não dá pra fazer é jogar sem essa intensidade. Privilegiar a parte física pode fazer perder um pouco em qualidade, mas tem que ser feita.