O Figueirense voltou a mostrar fragilidades de um time que está em formação, que fez apenas o quarto jogo da temporada. E essas fragilidades custaram a vaga contra o Cascavel, num confronto que era de classificação ou eliminação de um torneio tão importante como a Copa do Brasil.

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O primeiro tempo não foi nada bom. Mesmo postado no campo de defesa, o Figueirense marcava mal, oferecendo espaços e cometendo erros. O Cascavel foi melhor durante toda a primeira etapa. Poderia ter saído na frente com chances que teve em jogadas dentro da área, com o atacante Rogério. Poderia feito seu gol também numa falta que bateu na trave.

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O Figueirense teve uma chance e fez o seu gol. Depois de muitos passes errados na construção, o atacante Marcelo Junior fez uma jogada pela esquerda e Gabriel, com seus 1,93m, subiu mais alto que os zagueiros e antes do goleiro Ricardo para marcar. Méritos individuais dos atletas. O Figueirense não jogava bola para vencer.

Mas aí veio o grande pecado. Tomar o gol de empate aos 46, depois de ter marcado aos 41 é algo que não pode acontecer. O time tinha que segurar o placar pra descer pro vestiário em vantagem. Mas a bola ficava viva dentro da área de defesa do Furacão e Paulo Ricardo vacilou deixando Léo Itaperuna virar pra fazer o empate. Erro coletivo e individual.

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A desatenção defensiva foi fatal no início do segundo tempo. O gol de Douglas, aos cinco minutos foi pura ingenuidade, de uma defesa saindo em linha, que tomou a famosa “bola nas costas”.

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Daí pra diante só deu Figueirense. Mas aí outro adversário complicou o time: o desentrosamento. O time dominava o jogo, chegava dos dois lados, mas errava as jogadas e combinações. Foram poucos cruzamentos certos e poucas finalizações.

A perda da vaga ainda é reflexo de um processo que enfraqueceu o Figueirense no cenário estadual e nacional. O time atual está longe de ser forte e competitivo. Ainda está experimentando. O caminho é longo.

Vitória importante na Justiça

Se em campo o Figueirense fracassou na Copa do Brasil, fora de campo o clube conseguiu convencer a Justiça que se enquadra como instituição à lei que permite recuperações judiciais ou extrajudiciais. A justiça acatou o pedido do clube no recurso à decisão negativa de primeira instância. 

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Agora o Figueirense tem as portas abertas para um processo, que será longo, de recuperação de suas finanças. Mais do que isso, a decisão pode ser um marco para o futebol brasileiro, abrindo o caminho para que outros clubes endividados, mesmo como associações civis, tentem e tenham o direito a uma decisão similar da Justiça.

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