O técnico Enderson Moreira foi o personagem principal da derrota de 3 x 0 do Avaí para o Criciúma, em plena Ressacada, na decisão da liderança da primeira fase do Catarinense. Foi “um desastre” nas escolhas para a montagem do time que jogava em casa e tinha a expectativa da torcida para confirmar a ponta da tabela diante do maior concorrente do Avaí neste Catarinense, que é o Criciúma.

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A expressão “um desastre” está entre aspas porque foi usada pelo treinador para falar de erros individuais da equipe durante o jogo, colocando nas entrelinhas e diretamente na conta de alguns jogadores a derrota. “Um desastre! Foram falhas individuais e isso pesa muito”, disse Enderson Moreira na coletiva, acrescentando que “Jogar no profissional pesou. No treinamento não pesa, mas no jogo pesa”.

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Avaí cometeu todos os erros e Criciúma saiu gigante da Ressacada

É óbvio que houve erros individuais, como o do experiente goleiro César, no segundo gol do Criciúma. Ou como nos seguidos erros do estreante lateral Pedro Costa, que estava jogando como um dos três zagueiros pela direita e mostrou toda a sua insegurança, mesmo sendo um jogador rodado, já com 31 anos. A transferência de responsabilidade usada como justificativa por Enderson Moreira não condiz com o tamanho que ele tem na carreira de treinador. Deveria ter assumido que errou. E ele errou muito! Quase tudo!

Confira imagens do desastre do Avaí de Enderson Moreira diante do Criciúma

Enderson Moreira desrespeitou o torcedor do Avaí e sua expectativa de ver um time forte garantindo o primeiro lugar. Até um empate servia. Como já escrevi antes, o técnico minimizou o tamanho do jogo, o adversário, os reflexos que o jogo poderia ter e teve, e o que representava esta disputa particular entre Avaí e Criciúma para o campeonato.

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O técnico Enderson Moreira justificou que perdeu Jonathan Costa e Hygor às vésperas do jogo por problemas físicos/clínicos. É importante lembrar que que o Avaí deixou no banco de reservas Marcos Vinícius, Zé Ricardo e Marquinhos Gabriel – todos atletas que poderiam dar peso ao time na disputa.

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A montagem do time foi inaceitável. O Avaí saiu jogando com uma linha de três atrás, com Pedro Costa na direita, Pedrão central, e Brock aberto na esquerda. Este ponto tem duas questões: Brock é um zagueiro lento. Jamais pode jogar aberto para encarar o ponta da equipe adversária. E o capitão do Avaí estava pendurado com dois cartões amarelos. Resultado? O atacante João Carlos, do Criciúma, deitou com sua velocidade e dribles pra cima de Eduardo Brock, desmoralizando o capitão do Avaí e o time, por consequência.

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Enderson Moreira começou a perceber o seu “um desastre” e mexeu no time para tentar arrumar o que estava errado. Tirou o menino Devid, de 19 anos, que foi colocado numa espécie de segunda linha, mas visivelmente não sabia a hora de subir ou de fechar a defesa numa linha de cinco e comprometeu bastante. E tirou Pedro Costa, que foi muito mal. Mas recuou Judson depois como terceiro zagueiro, insistindo com Brock aberto na esquerda. O passeio do Criciúma continuou e o Avaí levou três e poderia ter levado mais ainda na primeira etapa.

A influência do GUGA na formação dos atletas do Avaí

A direção do Avaí precisa cobrar muito o treinador, sua comissão técnica e o Departamento de Futebol. Porque uma coisa é perder jogadores importantes em cima da hora. Outra coisa é desfigurar a equipe, remendando a escalação e depois as mexidas. Enderson Moreira “brincou com coisa séria”, parece não entender o tamanho do Avaí e o que representa para o clube ganhar um Estadual – ainda mais no contexto da atual gestão, que não tem resultados em campo.

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O “desastre” foi tão grande que, além do atropelamento em campo, Enderson Moreira fez o Criciúma se agigantar no campeonato, e o Avaí ainda ganhou como “presente”, por ter descido para a terceira colocação, o clássico contra o Figueirense nas quartas de final. A única vantagem que o Avaí teria era jogar na Ressacada. Vai jogar, mas contra um adversário que está acostumado a jogar lá, num jogo em que a rivalidade centenária torna imprevisível.

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