A ressaca da Copa ainda não passou e lá vamos nós pra mais uma longa competição de Eliminatórias para o próximo Mundial. Ainda tenho certo pavor de lembrar daquele 9 de dezembro, em Al Rayyan, e da eliminação para a Croácia – desci as escadas internas do Education City como se estivesse anestesiado e tentando entender como era levar a pancada de uma desclassificação do Brasil numa Copa do Mundo vista dentro do estádio. Não foi nada fácil e não foi nada bom.
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Na eliminação, o Tite de 2022 foi igual ao de 2018
Começa nesta sexta para a Seleção Brasileira uma nova Copa, uma nova longa caminhada e tentativa de voltar à glória, de conquistar o Hexa. Mas a bagunça que se tornou o planejamento e execução do ciclo da Seleção me deixa um pouco irritado com o processo. Gosto muito do trabalho de Fernando Diniz, mas Seleção com técnico interino não dá pra aceitar. Esperando um técnico que ninguém pode ter certeza que realmente vem…
Aí olho a escalação e alguns erros de Tite estão presentes nas escolhas de Diniz. Danilo na lateral direita? De novo? Ele é excelente, mas o tempo dele na Seleção já venceu. Neymar titular? Nem pelo novo time dele jogou. Não estava jogando. Diniz repete a submissão ao camisa 10 da Seleção que esteve presente em muitos momentos do trabalho de Tite. Era hora de fazer Neymar esperar, recuperar, jogar, merecer a Seleção.
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Avaí teve semana de cobranças internas
O Brasil deve vencer a Bolívia na noite desta sexta. Não é tarefa difícil. Aliás, aqui na América do Sul a Seleção fica enorme, comandando e vencendo jogos. Mas em nível mundial tem se apequenado. E vamos combinar que essas Eliminatórias, em que sete de dez se classificam, não precisava ser tão longa. O Brasil vai estar na próxima Copa. O problema é o ciclo, o planejamento e a execução. Está começando de forma muito atravessada a tal nova corrida pelo Hexa.