O Figueirense pode arriscar um pouco mais do que vem arriscando nos jogos. Tem muito da coragem da equipe dentro de campo, mas passa principalmente por alguma mudança de conceito do técnico Hemerson Maria. Não é jogar exposto, porque o time tem carências suficientes para estar certo em se resguardar um pouco mais mesmo. Só que em alguns jogos, o Figueirense deixou de correr os riscos necessários para buscar resultados importantes.
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No empate com o São Bento, na segunda rodada, isso ficou muito claro. Quando foi para cima, correndo riscos, o time jogou futebol e encurralou o adversário. Mas aconteceu apenas nos 20 minutos finais de partida. No jogo contra o Bragantino não havia como jogar no ataque, mas o Furacão passou longe de ter qualquer alternativa de chegada à frente. Teve apenas um lance em 90 minutos. É quase nada. E contra o Brasil de Pelotas também não teve um pouco mais de agressividade para dominar e definir uma partida contra um dos mais frágeis oponentes desta Série B.
Passa por escalar dois laterais que vão mais ao ataque, por exemplo. Ou um meio de campo mais solto. Em vez de buscar sempre a proteção ou a recomposição, pensar primeiro em reforçar a criatividade da equipe. É algo que passa pelo treinador e suas escolhas. Hemerson Maria tem total capacidade para fazer isso, mas por enquanto vem se preocupando muito mais com o empate e esquecendo que os saltos de tabela vêm com as vitórias.