Diogo Fernandes resolveu deixar o Avaí e partir para um novo desafio. Simples assim. Pelo menos é assim que ele mesmo explica a decisão, que pegou todo mundo de surpresa no início dessa semana. Como qualquer profissional, ele arrisca agora um passo diferente na carreira.

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O clube perde. Diogo fez uma história de quase duas décadas (17 anos na Ressacada) e foi um dos principais responsáveis por um processo de captação, desenvolvimento e revelação de talentos, que deu muito certo no Avaí como um clube formador.

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No currículo do agora ex-coordenador de futebol, que esteve 15 destes 17 anos na base, na formação de atletas, estão nomes marcantes que orgulham o torcedor avaiano, que participaram de conquistas, e que agora também vestem, entre uma convocação e outra, a camisa da Seleção Brasileira.

Zagueiro Gabriel Magalhães, hoje no Arsenal da Inglaterra, saiu do Avaí em 2016
Zagueiro Gabriel Magalhães, hoje no Arsenal da Inglaterra, saiu do Avaí em 2016 (Foto: divulgação/ Avaí FC)

O lateral direito Guga e o zagueiro Gabriel Magalhães estão entre estes nomes mais recentes. Mas há outros, como Wallace, ex-Grêmio e atualmente na Udinese da Itália, que foi campeão olímpico em 2016, mas não chegou a jogar nos profissionais do Avaí. O mesmo caso do atacante Raphinha, hoje no Leeds United, da Inglaterra.

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Diogo Fernandes, atualmente um profissional reconhecido pelo mercado, me atendeu na tarde desta terça e respondeu algumas perguntas sobre a decisão dele: 

O que te levou a esta decisão de deixar o Avaí?

Diogo Fernandes: Perspectivas de um novo desafio profissional. Acredito que era o momento ideal para encarar novas experiências. Sou grato ao Avaí por tudo que me proporcionou e tentei retribuir com muita dedicação.

Houve alguma divergência mais séria com alguém do Departamento de Futebol, como Marquinhos ou Marco Aurélio Cunha, que tenha influenciado na decisão?

Diogo Fernandes: Nenhuma. Duas pessoas fantásticas, que guardo um carinho enorme.

Esse novo projeto é em algum clube? Já dá pra abrir algo sobre teu destino profissional?

Diogo Fernandes: Não será clube, amigo. Irei trabalhar para uma empresa que agencia atletas e irei ajudar na captação/agenciamento dos mesmos.

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Como integrante do departamento de Futebol Profissional até agora, te sentes mais ou menos responsável pelo time atual do Avaí? Enxergas tua marca no time deste ano?

Diogo Fernandes: Me sinto tão responsável quanto ao Marquinhos, pois iniciamos esse projeto juntos. Posteriormente, houve a inclusão do Marco (Aurélio Cunha), que pegou o processo em andamento.

Revelar atletas de Seleção, como Wallace, Guga, Gabriel e, quem sabe Raphinha, que sensação te trouxe como profissional do futebol?

Diogo Fernandes: Isso me alegra muito, pois construímos um processo de formação que passou a dar retorno técnico e financeiro para o Avaí.

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Lateral Guga foi a última grande revelação de Diogo Fernandes no Avaí
Lateral Guga foi a última grande revelação de Diogo Fernandes no Avaí (Foto: divulgação/ Avaí FC)

Tua “arte” sempre foi captação de talentos. Ser coordenador parecia ser um passo adiante na carreira. Agora vais voltar pra captação. É o que te realiza?

Diogo Fernandes: São etapas importantes. Foi importante ter vivenciado. Não me arrependo, porém acredito que o ciclo se completou.

Tua saída depois de 17 anos parece ter sido por valorização salarial. O quanto foi/está sendo uma decisão difícil pra ti?

Diogo Fernandes: Não envolveu em nenhum momento valorização salarial, pois em nenhum momento no meu período do clube priorizei as questões financeiras e sim o contexto do trabalho. Acho que, no momento, o Avaí foi muito importante pra mim e eu procurei me dedicar ao máximo. Porém, acredito que era um momento importante para novas experiências, que não tem relação com a falta de valorização. Me sinto muito valorizado no Avaí, pois 17 anos no mesmo clube não tem dinheiro que pague.

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Diogo Fernandes fez carreira no Avaí. Foram 17 anos entre base e profissional
Diogo Fernandes fez carreira no Avaí. Foram 17 anos entre base e profissional (Foto: divulgação/ Avaí FC)

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