A Seleção esbarrou na retranca da Venezuela na terça-feira, segunda rodada da Copa América. Apesar do argumento de que teve três gols anulados, faltou bastante para poder furar a retranca adversária. O time esteve amarrado, jogando com um toque de bola muito lento, e insistindo em jogadas por dentro pelo meio. O mais curioso é que a Seleção quase não tem meio de campo. Na verdade, não tem meias criativos. Arthur é um bom passador, mas não é um criador de jogadas.

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O meia criativo era pra ser Philippe Coutinho, só que ele é bem mais atacante do que meia. Daniel Alves e Filipe Luis são dois laterais meias, que não buscam o fundo. O jogo fica travado pelo meio. Pra piorar o toque de bola é lento, muito pensado e pouco automatizado. O que facilita uma retranca. O jogo de terça lembrou bastante a partida contra a Costa Rica da Copa do Mundo do ano passado, em que o Brasil só foi resolver aos 46 dos segundo tempo.