Passado um turno inteiro, mesmo que o Figueirense ainda esteja com um jogo em aberto, já dá para o técnico Hemerson Maria começar a pensar em desenvolver muito mais o jogo do meio pra frente. A organização da equipe foi o ponto forte nesta primeira parte, com destaque para a defesa. O setor funcionou muito bem, mas com a bola no pé o time tem travado. Um dos pontos é que realmente falta a presença de um meia agressivo.
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Só que é mais do que isso, passa pela escalação,ou a escolha do jogador certo. Falta encaixe de jogo ofensivo também, com o acerto entre os volantes e este meia, com a combinação para colocar os laterais no jogo ofensivo, como a própria presença numérica no ataque do time. Com quantos jogadores o Figueirense ataca é uma das coisas que pode fazer diferença.
Compactação é o caminho
Algo que sempre complicou os acertos dos times de Maria foi a excessiva preocupação defensiva dos atacantes de lado do campo, e isso também acontece com o time atual. Hemerson tem que começar a soltar a equipe, tirando um pouco de responsabilidades dos jogadores de frente. Recomposição sim, mas correr atrás do lateral até a linha de fundo está errado. É o sistema.
Com campo encurtado, compactando o time, é possível fazer. O desgaste físico é menor, mas a concentração maior. A equipe vai correr um risco maior e precisa de zagueiros rápidos e com recuperação. Precisa de participação efetiva do goleiro, como se fosse uma sobra. Assim o risco não é tão grande. Essa compactação – que Hemerson Maria sabe muito bem fazer –, vai manter a organização defensiva, e ao mesmo tempo vai ampliar a presença numérica ofensiva.
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