Na manhã desta quarta-feira recebi, via redes sociais, em privado, um depoimento de um funcionário do Figueirense. Era até uma crítica ao nosso trabalho da noite anterior na CBN Diário. Em alguns momentos, é verdade, contestamos os atletas pela realização do WO em Cuiabá. Era preciso, afinal.
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Como já escrevi aqui em outros momentos, não é possível pensar um WO como saída para qualquer problema. Mas como o jornalismo me ensinou, é preciso ouvir as versões. Por isso trago hoje o desabafo de um funcionário alvinegro que, é claro, até pelo relatado, preservo o nome e a função no clube:
“Ontem (terça-feira), eu estava acompanhando parte da cobertura da CBN sobre o WO do Figueirense. Acabou que peguei a parte onde o Chiquinho (presidente do Conselho Deliberativo) estava sendo entrevistado. Francamente, é muito vergonhoso um WO, mas existe maior vergonha que essa administração da Elephant, juntamente com o Conselho, está fazendo o Figueirense passar? Vivemos uma gestão de um ditador que faz o que quer sem pensar no que os seus funcionários precisam. Francamente, vocês acham extremo um WO? Extremo é uma faxineira ficar sem receber R$ 1.200 de salário! Acham extremo um WO? Extremo é não ter ônibus, lavanderia, saco pra fazer gelo, bola de qualidade pra treinar, um café da manhã. Isso é extremo! E vocês ainda acham que os jogadores pararam por causa dos três meses de atrasados? Todos nós, os funcionários do Figueirense, apoiamos a atitude deles. Não foi por eles. Não foi pela imagem (direitos). Foi por um Figueirense livre e vivo amanhã!”