O título acima resume bem o que foi a decisão entre Flamengo e Corinthians. Foi, como previsto, uma partidas bem jogada entre os dois finalistas. Mas os visitantes foram melhores e pressionaram muito no segundo tempo. Até fazer o gol de empate. O Flamengo foi melhor no início e teve chances até de abrir dois gols de vantagem. E apesar de ficar em dificuldades no segundo tempo, o Flamengo teve sangue frio para decidir.
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O jogo foi cheio de contornos, reviravoltas e estratégias. O Flamengo foi melhor no começo. Fez seu gol muito rápido e teve chances para ampliar com Arrascaeta e Pedro. Teve um gol anulado num impedimento milimétrico e de VAR, mas da metade pra frente da primeira etapa passou a dar a posse de bola ao Corinthians.
A equipe de Victor Pereira não tinha infiltração. Finalizava de fora da área para defesas seguras de Santos. A linha de cinco defensiva, com Fábio Santos e Piton, não dava a amplitude no ataque como o português queria. Não funcionou.
Mas o técnico do Corinthians corrigiu tirando Piton e colocando Adson e o “Timão” passou a dominar o jogo. Também em função de um esvaziamento do meio de campo do Flamengo. João Gomes fez muita falta, Vidal e Thiago Maia sentiram, Enquanto Du Queiroz, Fausto Vera e, principalmente, Renato Augusto dominavam o setor.
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O meio do Flamengo foi se desmanchado nas lesões e nas improvisações, como Matheuzinho e David Luiz de volantes. Os dois estavam fora de posição e não deram sustentação nem à marcação, nem à construção.
No final, o gol de empate ficou justo e a disputa por pênaltis foi só tensão, com o Flamengo tendo o sangue frio de estar sempre no limite do erro para depois virar a disputa.
Duelo nas arquibancadas

Como testemunha da festa, posso afirmar que o Maracanã sentiu antes de explodir a glória do tetracampeonato Flamenguista. E os corintianos tiveram o seu momento de protagonismo, quando o time de Victor Pereira pressionava até chegar ao gol. Era o grito da fiel que ecoava.
Foi um duelo bonito e colorido nas cadeiras do Maracanã. Os cantos dos dois lados se repetiam. Uma torcida querendo se impor à outra. A tensão tomou conta dos rubro-negros no segundo tempo. Até os pênaltis. Quando Gabigol bateu e fez a quinta cobrança do Flamengo e resolveu virar o ambiente no estádio. Aconteceu. A torcida em vermelho e preto ressurgiu, passou a acreditar e empurrar nas batidas pró e vaiar muito e pressionar nas batidas contra.
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O Flamengo foi o campeão, mas da forma como não se imaginava que seria, pois sempre foi uma equipe dominante nas partidas vencidas na competição. Desta vez não foi. Foi campeão nos pênaltis e com um herói improvável: Rodinei. Mas ergueu o troféu e comemora o tetra da Copa do Brasil dez dias antes de decidir a Libertadores. Vai mais leve para Guayaquil, mas precisa voltar a jogar bola.