Ver ao vivo no estádio uma partida de Copa do Mundo é uma experiência inigualável. O ambiente é totalmente diferente e especial. Tudo é motivo para festa e encantamento. O futebol que a Inglaterra apresentou ajudou porque foi muito bem jogado, com alguns verdadeiros craques do futebol mundial, como Harry Kane como atração. Mas perde muito quem vai só pra ver o jogo.
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Já na chegada ao Khalifa International Stadium se percebe que a atmosfera é única. Um grupo de ingleses logo se aproxima, da nossa equipe da NSC percebendo que éramos brasileiros e de televisão, e começaram a falar conosco. A primeira frase foi a surrada “football is coming home”, que é um lema deles para dizer que vão ganhar a Copa.
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Um torcedores britânicos não gostava do atacante da seleção brasileira Richarlison. Mas ela falava “Rikarlison”. Daí eu corrigi e disse que a pronúncia não era “Rikarlison” e sim Richarlison. Ele revelou então que na verdade não gostava do Tottenham, time atual do “Pombo” no futebol inglês.
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A entrada no estádio foi muito fácil, com boa orientação e facilidades para todos. Como já escrevi antes, estamos sendo muito bem recebidos nos ambientes. No jogo de abertura, no Al Bayt já havia sido assim. O povo local está feliz de fazer a Copa e é muito solícito e educado. Mesmo quando o inglês falado não é bom, eles se esforçam para entender e explicar tudo.
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Meu ingresso dava direto no meio da torcida do Irã. Era uma torcida estranha, pra dizer o mínimo. Comportados, como se estivessem assistindo à um espetáculo qualquer e não um jogo de futebol. Um animador carregava uma buzina e o máximo que saía era um grito de “Irããããã” intercalado com essa buzina. Eles eram praticamente indiferentes ao resultado. O mais curioso era um iraniano que estava ao meu lado, com roupas de torcida iraniana e a cada gol da Inglaterra ele vibrava muito. Não entendi nada ou ele que não estava entendendo.
O jogo ia passando e os gols ingleses foram deixando a torcida iraniana apagada, apesar da indiferença citada antes. A corneta não tocava mais até que saiu o primeiro gol de Taremi, no 4 x 1 para a Inglaterra. Volta aquele conceito “que placar que nada!”. Valeu muito a festa pelo gol do Irã. A festa foi enorme e a cornetinha até retornou. Os gritos de “Irããã” Também. Mas Rashford tratou de esfriar tudo novamente fazendo o quinto gol dos ingleses.
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O intervalo do jogo foi um espetáculo de luzes e entretenimento para a torcida nas cadeiras do estádio, com direito e música e luzes de celulares ligadas enquanto no estádio estavam apagadas.
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Um estádio de Copa durante uma partida não é igual a nenhum estádio no mundo. Não é igual a um estádio no Brasil, com aquela loucura e fanatismo das torcidas, e também não passa nem perto do conceito absoluto de teatro e a frieza dos jogos das maiores competições da Europa.