Durante Brasil x Croácia, na última sexta-feira, pelas quartas de final da Copa do Mundo, algo chamou atenção o tempo inteiro: o craque Modric aparecia livre de marcação em qualquer espaço do campo e “costurava” o jogo da Croácia com a capacidade que tem de passe, leitura e inteligência pra jogar.

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Árbitro da abertura da Copa do Mundo apita Argentina x Croácia

O Brasil desprezou conceitos como volume de jogo, posse de bola e ritmo e em nenhum momento fez uma marcação mais forte no meio de campo e no craque adversário.

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O gráfico abaixo, do Trumedia Stats Perform, retirado de uma publicação feita no twitter do colega Leonardo Bertozzi, da ESPN, mostra o espaço preenchido por Modric em campo e o nível de acerto dos passes dele contra o Brasil nas quartas de final.

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Gráfico mostra como Modric foi o dono do jogo contra o Brasil (reprodução)

O que se vê é Modric, um meia clássico, de toque e não de condução de bola, aparecer em todos os espaços do campo e com um nível de acerto altíssimo. Os erros são poucos e aparecem mais quando ele tentou algo mais próximo ao gol adversário.

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Livre de marcação no setor de meio de campo, Modric acertou quase tudo e foi “costurando”, fazendo as conexões e determinando pra onde a bola ia passar. Era o dono do toque de bola da Croácia, fazendo o tempo passar e a bola ficar nos pés dos croatas, tirando o Brasil da zona de conforto sempre.

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Modric só era incomodado pelos brasileiros, quando entrava numa zona mais perigosa, mais próximo ao gol de Alisson. Mas nem é a dele. Ficou ali no meio e, sem ter uma marcação mais forte, foi o dono do jogo. Passeou. Desfilou aos 37 anos.

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É tudo que a Argentina não vai deixar acontecer. Os erros do Brasil mostram o caminho para a Argentina. O jogo tem que ser mais agressivo e menos passivo. O técnico Lionel Scaloni testou nos treinamentos um meio de campo reforçado, com De Paul, Enzo Fernandez, Paredes e Mac Allister. Talvez não saia com essa escalação, mas tem a alternativa pronta e testada. O que não pode fazer é deixar a Croácia dominar a posse e ditar o ritmo do jogo como o Brasil deixou durante 120 minutos.

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