Dois grandes jogos agitam a quarta-feira na volta do futebol brasileiro. Palmeiras x Internacional é o jogo maior, com dois times que fazem uma temporada forte. Há muita história e rivalidade. Dentro de campo, dois times muito competitivos, que apostam na intensidade como maior arma contra seus adversários. O Palmeiras tem uma equipe muito forte, com um conjunto já consolidado, que não joga um futebol vistoso, mas tem uma defesa fortíssima e um ataque que define jogos. Já o Internacional não fica muito atrás. O meio de campo é o motor do time, que tem um ataque muito qualificado. Vai ser um confronto muito duro pros dois lados.
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A outra grande partida é em Curitiba, com o Athetico recebendo o Flamengo. Também são duas equipes que estão no grande cenário do futebol nacional e sul-americano, com Libertadores e Copa do Brasil. O Flamengo vem com uma das grandes novidades, que é a presença do técnico português Jorge Jesus. Já o Athetico é uma equipe muito forte em casa,
onde joga 90 minutos de uma partida num ritmo alucinante. Pra recomeçar está fortíssimo e cheio de emoções reservadas.
A discussão é válida, mas a forma errada no Brasil
Há uma certa rejeição velada à presença do técnico português Jorge Jesus no futebol brasileiro. Como houve contra outros, recentemente. Ninguém fala abertamente contra, mas sempre tem um “porém” na história. É a forma errada de proteger o mercado nacional, se é que tenha que existir algo assim. O parâmetro tem que ser a qualidade dos profissionais e aquilo que eles podem agregar e trazer para os clubes e até para a escola brasileira.
Levir Culpi, recentemente, foi o mais infeliz de todos, ao dizer no programa Bem, Amigos, de Galvão Bueno, no Sportv, que tinha certeza quem seria o próximo técnico da Seleção. “Será o Sampaoli, porque ele usa tatuagens, vai ao treino de bicicleta e é argentino”, uma frase bastante irônica e que mostra o nível da discussão. Depois dos 7 a 1, que fez aniversário de cinco anos nesta semana, os técnicos brasileiros passaram a ser mais cobrados. Com toda a razão, pois havia uma acomodação generalizada, que fez o futebol brasileiro andar pra trás.
Apostar somente no individual e na qualidade técnica do jogador brasileiro, que ainda desequilibra, não cabia mais. Há muito tempo. Era preciso cobrar aqui novos conceitos que o futebol mundial aplica. Desde o final da Copa de 2014, alguns técnicos mundiais passaram a frequentar os bancos de reservas das equipes brasileiras. Sejam todos bem-vindos. Não para ensinar, mas para fazer o saudável intercambio de ideias que faz crescer e desenvolver. Nem eles sabem tudo, nem os nossos são os donos de todo segredo do futebol. Não há mais espaço para esse tipo de proteção.
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A cobrança certa
O que é justo cobrar é que os técnicos brasileiros tenham seus registros validados em outros grandes mercados também. Há um curso muito bem-conceituado sendo aplicado, com muitas etapas, e que está sendo exigido pela CBF no mercado nacional. Os treinadores têm realizado. É justo cobrar que ele seja aceito, com seu certificado validado internacionalmente. A CBF precisa fazer valer lá fora. É a forma de qualificar nossos treinadores e dar respaldo profissional a eles.
Seleção
Saiu a Seleção da Copa América. Entre os brasileiros campeões, estão Alisson, Daniel Alves, Thiago Silva, Arthur e Everton. São cinco, mas poderiam, na minha opinião, ser sete. O zagueiro Marquinhos também poderia estar na relação, assim como volante Casemiro. O sistema defensivo do Brasil foi quase perfeito. Merecia mais vagas no time
da competição.