A Copa América está desgastada. Depois de duas edições rápidas entre 2015 e 2016, o futebol de seleções da América do Sul vai ter mais duas edições rápidas entre este ano e o ano que vem. É demais e só serve para esvaziar um torneio que já não tem um prestígio tão grande quanto merecia ter. Merecia mesmo, afinal reúne sempre três seleções das mais tradicionais do futebol mundial, que são Brasil, Argentina e Uruguai. Além disso, o futebol sul-americano continua sendo um grande formador de talentos mundiais.
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A Eurocopa não tem Messi, não tem Neymar, não tem Suarez e James Rodrigues. Sem falar em nomes históricos do nosso futebol latino que brilharam muito na história deste esporte. A Copa América precisa ganhar um calendário fixo, o que está previsto. Passa a ser de quatro em quatro anos a partir de 2020. É um caminho. Mas convites endinheirados como o da seleção do Catar, que vai participar neste ano e no ano que vem, nada acrescentam.
Se for pra convidar e fazer a competição crescer, que se convide grandes seleções como Espanha, Alemanha, Itália – estas seriam atrativos pelos jogadores e pela tradição e tornariam a competição maior realmente. Estamos ainda bem distantes dessa valorização e com a criação da Liga das Nações da Europa, desde o ano passado, a tendência ainda é de perda de espaço, infelizmente.