Talvez nenhum outro dirigente conheça tão bem a história das últimas três décadas do Figueirense como José Carlos Silva. Presidente no final da década de 1990, Zé Carlos praticamente preparou administrativamente o clube para os anos de glória da chamada “Era Prisco”, que viriam na década seguinte, de 1999 a 2009.
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Zé Carlos Silva passou pelo Debate Diário desta terça-feira e mais uma vez gerou muita repercussão.
O discurso é forte e de apoio total a um possível retorno de Paulo Prisco Paraíso ao Figueirense. A frase acima veio depois de uma pergunta feita pelo colega Roberto Alves. “Com Prisco, eu voltaria” e acrescentou ainda que pretende falar pessoalmente com PPP, mesmo depois de ele ter soltado nota dando como encerrada qualquer negociação para voltar ao clube.
Perguntei a Zé Carlos sobre o outro projeto que o presidente Chiquinho de Assis pretende tornar real, que é a formação da S.A. e abertura para investidores. O ex-presidente primeiro disse que não poderia ser uma S.A. de capital aberto, porque isto custaria só para inscrição R$ 8 milhões. Segundo Zé Carlos Silva teria que ser uma S.A de capital fechado para um grupo fechado de investidores. E que poderia dar certo assim.
Conhecer dos números e das finanças alvinegras, Zé Carlos fez uma retrospectiva do estouro da dívida do clube na última década. De acordo com o ex-presidente, que também foi presidente do Conselho Fiscal até 2016, a dívida deixada pela administração Prisco, em Março de 2010, era de R$ 5 Milhões. Em dois anos, na administração Nestor Lodetti, passou para R$ 28 milhões ao final de 2012. E teve um estouro realmente no final de 2016 com o número ultrapassando R$ 80 milhões com Wilfredo Brillinger, até chegar aos atuais R$ 120 milhões, após a “gestão” Elephant.
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É uma entrevista que todo alvinegro deveria ouvir com atenção. Zé Carlos Silva é um dos presidentes mais respeitados da história do Figueirense. E se colocou em defesa do Figueirense e não de qualquer ala, apesar de apoiar, neste momento, a volta de PPP.