Não é um jogo qualquer! Um clássico entre Avaí e Figueirense normalmente mexe com mais do que a tabela do campeonato. Mexe com a preparação das equipes, com a ansiedade do torcedor, determina o humor durante a semana anterior e, principalmente, nos dias após o jogo. Vencer um clássico significa tudo. Perder é o fim do mundo. Os reflexos sempre existem. Para o bem ou para o mal.

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E é assim pra todos que, de forma direta ou indireta, estão envolvidos. Para a imprensa, o envolvimento também é maior, a preparação para o jogo é mais detalhista e cuidadosa, porque a cobrança externa também é maior. Uma palavra mal colocada, uma análise equivocada… sempre a cobrança é de um tamanho exagerado.

Avaí x Figueirense: o clássico da Capital sob o olhar dos comandantes

Esse envolvimento fica claro nos detalhes do dia a dia. Na quinta-feira, começamos nossa cobertura in loco da Copa Davis, um evento de tênis e com caráter e expressão mundial. A primeira pergunta que ouvi ao chegar ao Costão do Santinho, local dos jogos, foi: “e o clássico? Dá Avaí ou Figueira?” É o que está na cabeça do torcedor. E não adianta estar trabalhando num evento mundial porque o que interessa é o clássico.

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Para Avaí e Figueirense não é diferente. A concentração tem que ser outra. A repercussão vai ser enorme. Vários clássicos mudaram a história. Os que mais orgulham e moldaram as gerações atuais são “clássico do créu” de 2008, com vitória do Avaí no Estadual; a final de 2012, em que o Avaí atropelou o Figueirense em dois clássicos, com 3 x 0 na Ressacada e 2 x 1 no Scarpelli; ou ainda a resposta do Figueirense, que veio no ano seguinte, com “clássico dos 4×0”, que reverteu a trajetória dos times na Série B de 2013 e também ficou pra sempre.

No ano passado, com um grupo inferior ao do Avaí, o Figueirense venceu os dois encontros. Foi campeão da Recopa, na Ressacada, e goleou no Scarpelli pelo Estadual. Os resultados deram força ao início de trabalho de Júnior Rocha, no Figueirense, e pressionaram Claudinei Oliveira e Eduardo Barroca, no Avaí. E foram motivo de orgulho e zoações entre os torcedores a temporada inteira.

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Claro que há clássicos que não marcaram a história, mas o torcedor sempre lembra. De cada um deles. Os clássicos são parte da vida da capital e do futebol catarinense. Movimentam a cidade e até o estado. E muitas vezes repercutem pela eternidade. Que seja assim mais uma vez. Que seja um grande clássico, marcante na história de Avaí e Figueirense. E que fique pra sempre na memória dos torcedores.

VAR no clássico

O VAR é uma das novidades do clássico neste sábado na Ressacada (Foto: Roberto Zacarias/ Folhapress)

Quando apenas um jogo em toda a competição tem a utilização do VAR, da tecnologia da arbitragem de vídeo, é óbvio que isto provoca um desequilíbrio técnico. Outros times terão em outras partidas erros de arbitragem não corrigidos e que podem mudar a caminha destas equipes no Estadual. Acontece que quando essa possibilidade existe em regulamento – que foi a justificativa da FCF para aprovar o VAR no clássico – não há o que contestar.

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Avaí e Figueirense se comprometem com custos e clássico terá uso do VAR

Por falar em contestação, mesmo que Avaí e Figueirense tenham entrado em acordo com a FCF e estejam arcando com os custos do VAR do clássico, isto não garante que na segunda-feira algum ofício ou DVD, enviado por um lado ou pelo outro, não esteja na mesa do diretor de arbitragem da Federação. Reclamar de arbitragem é quase um segundo esporte dentro do esporte que é o futebol.

Novidades

Eduardo Costa, no Atlético Catarinense, e Marcelo Martelotte, no Joinville são as novidades no Catarinense 2023, com as mudanças de técnico realizadas pelos clubes. Os dois têm missões complicadas com as equipes nas últimas posições da tabela de classificação. Mas a cobrança vai ser bem maior em Martelotte, já que o Jec naturalmente tem exigências maiores. Eduardo Costa tem na realidade uma grande oportunidade de mostrar trabalho. É um técnico que está começando uma carreira e já tem uma chance na elite estadual.