A pressão está gigante em Chapecó. O pressionado é o técnico Mozart. Desde que chegou para substituir Umberto Louzer, que teve passagem extremamente vitoriosa na Chapecoense, com os títulos Catarinense 2020 e Série B 2020, Mozart está sob desconfiança geral. É normal que isso aconteça, ainda mais para um treinador que tem ideias diferentes do seu antecessor.
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O fato é que Mozart não pode pedir tempo e paciência. A decisão é nesta quarta e não há como adiar escolhas, treinamentos e desempenho da equipe. A Chape defende uma hegemonia estadual e precisa vencer para conquistar mais uma vez o Estadual.
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Acredito que a primeira definição para esta quarta-feira vai ser jogar com os dois laterais na linha de ataque. Matheus Ribeiro e Busanello vão ganhar liberdade. Mozart já fez isso em outras situações de necessidade. Com os dois no fundo, pode manter a dupla de ataque em campo e na área. Mas o time vai precisar de criação também.

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O que percebo nas escolhas recentes do treinador é que a Chapecoense tem se dividido em dois times em campo. Não há uma unidade, um jogo coletivo encaixado. Entre o time que defende, com volantes, zagueiros e laterais, e a linha de ataque, com quatro jogadores, existe um buraco, um vazio que geralmente é fatal.
Esse vazio está entre os dois volantes e os dois centroavantes. Não há um meia de ligação. Anselmo Ramon tem tentado fazer esse papel, mas não é a dele. Léo Gomes e Anderson Leite jogaram muito no domingo, mas estão fazendo o setor sozinhos. Anselmo Ramon e Perotti deixam de ser acionados porque não há criação. A Chape chutou duas vezes no domingo, em 90 minutos. As duas com Anderson Leite. Uma só foi no gol.
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Além de adiantar os laterais, de manter os centroavantes na área, Mozart vai ter que achar quem faça o meio, a ligação entre os volantes e o ataque.
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