A péssima campanha não tira o direito da Chapecoense de reclamar da arbitragem do jogo desta segunda-feira contra o América-MG. A equipe do técnico Pintado foi muito prejudicada pelas “recomendações” do VAR, que alterou duas decisões de campo de maneira equivocada, interferindo demais na disputa. A Chape foi “atropelada” pela arbitragem, principalmente pelo VAR, na Arena Condá.

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A primeira das decisões polêmicas é a mais grave. Aos 12 minutos do primeiro tempo, Alan Ruschel, lateral esquerdo do América, fez uma falta típica de cartão vermelho. Lance de contra-ataque, em velocidade, falta por trás, atinge tornozelo e bola e não somente a bola, oportunidade clara de gol… são os argumentos que justificam a ação imediata e correta do árbitro de campo, Douglas Schwengber da Silva, que, na hora e sem dúvida, puxa o cartão vermelho e expulsa o defensor.

Foram quatro minutos para convencer o árbitro de campo mudar a decisão
Foram quatro minutos para convencer o árbitro de campo mudar a decisão (Foto: reprodução/ Sportv/ Premiere/ ge.globo)

Mas o VAR intervencionista do Brasileirão, com Jean Pierre Gonçalves Lima, chama pra cabine pra convencer a arbitragem a mudar a cor do cartão para amarelo. Depois de quatro minutos de muita discussão e alguns ângulos da imagem na cabine do VAR, o árbitro de campo, claramente mais inexperiente que o árbitro de VAR, já muito rodado no Brasileirão, é pressionado e convencido. Ele muda a decisão suavizando a punição e deixando Ruschel permanecer em campo.

É o típico caso de autoridade maior na cabine do VAR, e menor em campo. E em que o árbitro do VAR não deixa o de campo apitar de acordo com suas convicções e interpretações. A Chape teria quase um jogo inteiro pela frente com um jogador a mais. Faz muita diferença.

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Segundo prejuízo

Zagueiro Kadu atinge com o braço atacante do América-MG
Zagueiro Kadu atinge com o braço atacante do América-MG (Foto: reprodução/ Sportv/ Premiere/ ge.globo)

Até porque aos 18 do segundo tempo, o todo poderoso VAR Jean Pierre mandou novamente em Douglas Schwengber da Silva. E num lance altamente discutível, determinou que o zagueiro Kadu da Chapecoense fosse expulso. Kadu estava à frente na jogada, os dois jogadores caem e sobra um braço pra trás, que poderia ser interpretado como agressão deliberada ou acidente de trabalho. O árbitro de campo não iria expulsar, mas o VAR… o nosso VAR intervencionista de todo santo dia e jogo… esse sim mandou expulsar. Totalmente discutível. Um amarelo, na dúvida entre acidente e agressão, seria aceitável.

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A Chape provavelmente não escapa. A campanha é péssima. Historicamente péssima. Mas não é preciso pisar em cima. Aí é questão de dignidade. Tem que reclamar e tem todo o direito.

E quanto ao VAR, vale o clamor de muitos: aonde foi para o mandamento “mínima interferência, máximo benefício”? Interpretações são interpretações. Deixem o árbitro apitar!!!