Na véspera do aniversário de 100 anos do Figueirense, o ex-presidente e atual apoiador da gestão administrativa do clube, Paulo Prisco Paraíso foi um dos convidados do Debate Diário, da CBN Diário.
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E fez revelações que podem mexer com o torcedor. Não são questões totalmente novas, mas foram trazidas à tona com a firmeza de um presidente que realizou no clube quando esteve à frente dele nos anos 2000.
O Figueirense já trabalha num projeto imobiliário no continente, para o clube e para a cidade, o clube está em tratativas para trazer parceiros – “um sócio” – internacionais, e vai ter um novo CT na região próxima a Biguaçu e Antônio Carlos.
Prisco concedeu uma entrevista rápida, se emocionou e fez questão de trazer uma mensagem positiva ao torcedor que anda um pouco triste com a situação atual do time, na Série C do Brasileiro.
Confira aqui o trecho em que Paulo Prisco Paraíso traz, em perguntas feitas por mim e pelos colegas Roberto Alves e Leandro Lessa, as novidades para o torcedor alvinegro:
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O Figueirense tem suas cobranças e execuções paralisadas, está pagando salários em dia para funcionários e atletas, mas no futebol a boa notícia não vem agora, o que seria então uma boa notícia para o torcedor do Figueirense na celebração do Centenário?
A boa notícia de hoje é que o Figueirense está em boas mãos com a diretoria eleita. O Figueirense tem a condição através dos parceiros, que está elencando e que já estão caminhando com ele, de buscar a sua recuperação judicial para reequilibrar e reposicionar o serviço da sua dívida, alongar o seu pagamento, ao tempo que participa de competição e ao tempo que, é onde eu estou participando mais, colaborando com o presidente Boppré, que é nas estratégias de longo prazo. A estratégia de buscar uma solução definitiva ao Figueirense. O Figueirense está, sob o aspecto financeiro, numa situação muito difícil, numa situação de insolvência, eu diria até assim, uma palavra forte, mas um situação pré-falimentar.
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Através da recuperação extrajudicial se imagina reequilibrar isso e paralelamente buscar resultados em campo pra voltar à Série B e depois ascender à Série A, voltar a conquistar títulos do estado, formar jogadores, o que é fundamental. O Figueirense tem que reativar – e já hoje está fazendo – as suas divisões de base.
A boa notícia que eu diria é que a recuperação extrajudicial caminha muito bem, que o Figueirense, repito, está em boas mãos, com uma diretoria responsável, séria e trabalhadora, que faz um trabalho heroico lá nesse momento. E no longo prazo, eu vou tentar colaborar nisso daí, o Figueirense tem duas equações, Faraco, duas soluções duas hipóteses de perpetuar a sua sobrevivência nesse centenário, com certeza vai consegui-lo: uma passa pelo campo imobiliário, por business, por um negócio na área imobiliária do continente e da nossa cidade, e a segunda passa por alguma parceria, algum negócio que eu vejo que tenha que ser no cunho internacional, onde o Figueirense vai efetivamente poder ter um parceiro, pra não usar o termo investidor, que já foi muito usado ao longo das últimas décadas e não deu certo.
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O Figueirense tem que ter um sócio, o Figueirense tem que ajustar talvez as suas cores, a sua gestão… Figueirense vai ter que ter aporte de recursos internacionais para formação de jogadores, que foi o grande ponto de equilíbrio e superavit financeiro nosso, Faraco, foi o fato de ter formado jogadores que estão espalhados mundo afora, que jogaram e jogam na seleção brasileira. Ali veio o diferencial financeiro do Figueirense, que foi totalmente investido nas divisões de base e no patrimônio. Então eu vejo que a boa notícia é uma equação de uma solução de longo prazo, a nível de uma engenharia imobiliária e a nível de uma parceria internacional com aporte de recursos estrangeiros no clube, na sua manutenção, no seu patrimônio, e principalmente na formação de jogadores.
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Mas são questões que já estão sendo trabalhadas ou que são ideias e projeções, projetos para futuro?
Já estão sendo trabalhadas. É aí que eu me encaixo, anonimamente, por isso que não me veem tanto, mas já estão sendo trabalhadas no âmbito local, nacional e internacional.
E quero dar uma notícia nova então: quero dizer que nesse projeto, que eu estava falando, está brindada a construção de um novo Centro de Treinamento. E o CT da Palhoça, provavelmente numa parceria com a Asfig, que é dona do imóvel onde o Figueirense tem o comodato, pode ter um outro encaminhamento de uma outra solução até imobiliária. Nós imaginamos construir uma novo Centro de Treinamento.
E onde seria esse novo CT do Figueirense?
É mais pro norte do estado. Não região de Biguaçu e Antônio Carlos.