O Campeonato Catarinense já passou a metade da primeira fase. O que vem por aí é mais cobrança e pressão. Há muito em jogo e muito risco ainda. Mesmo que seja uma competição que classifica oito times de 12 entre a primeira fase e o mata mata.
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O líder é o Hercílio Luz, que já tem pontuação de time garantido na segunda fase, e o fato coloca a primeira pressão. É a cobrança que vai em direção aos chamados grandes do futebol catarinense. “Como assim o Hercílio é líder?” ou “Como assim uma vaga já tem dono?”. E a realidade é que tem todos os méritos para isso. Como outros não estão tendo.
Figueirense sofre, mas faz vitória necessária
Avaí e Criciúma têm a cobrança de carregar o maior favoritismo da competição. O Criciúma simplesmente não consegue desenvolver. É uma equipe que empata e não ganha. E entrou no campeonato carregando o rótulo de “o mais candidato ao título”. O Avaí está irregular. Ganha um clássico com o Figueirense jogando bem e dando toque de bola, mas na rodada seguinte perde para o Barra, com um futebol irreconhecível.
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Imaginem a pressão do Figueirense! O time de Cristóvão Borges também está bastante irregular. A cada jogo uma nova história e são poucos resultados. A pancada no clássico ainda não foi assimilada pelo torcedor. E o Figueirense esteve, entre a quinta e a sexta rodadas, fora da zona de classificação. O Furacão é, junto com o Avaí, é o mais vezes campeão do estado, com 18 conquistas. A pressão vai ser gigante sempre. A cobrança tem que ser lá no alto.
Allan Victor reforça o Joinville para a sequência do Campeonato Catarinense
O Joinville também vive a sua tensão especial. Um clube enorme na história do futebol do estado, mas que se apequenou nos últimos anos. Rondando a zona de rebaixamento ou dentro dela, o Jec “só” quer entrar na faixa de classificação pra Série D e nem isso tem conseguido alcançar. A ameaça de rebaixamento é real e mexe não só com o ano do clube, mas com o futuro dele.
Talvez a Chape e o Brusque estejam menos pressionados no momento. A Chape tem uma cobrança por mais desempenho, mas vem tendo resultados. Ocupando a parte de cima da tabela de classificação, o time de Bruno Pivetti tem folga para melhorar e desenvolver o jogo dentro de campo. Já o Brusque mantém seu DNA competitivo. O atual campeão do Catarinense tem dividido a liderança no “rodada a rodada” com o Hercílio. Então está tudo ok na fase atual no Augusto Bauer.
Bastidores Figueirense
Uma das cobranças no Figueirense é por contratações. Nesta semana o Coordenador Geral de futebol do clube, Abel Ribeiro, revelou em entrevista à CBN Floripa que o clube ainda “está no mercado” em busca de reforços. Com mais dificuldades de achar jogadores para o Estadual, mas ainda há a procura de nomes para o meio e o ataque, principalmente.
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Nos bastidores o que ouvi é que há muita dificuldade financeira. “Não tem dinheiro” é a frase. E que a situação é ainda pior do que o “não tem dinheiro” já dito em 2022.
Bastidores Avaí
A assinatura de contrato entre a Liga Forte Futebol, que tem 26 clubes/integrantes, e um grupo investidor/comprador norte-americano, vai trazer algum retorno financeiro imediato para o Avaí já nesta temporada. O grupo Serengeti deve aportar um primeiro recurso como uma espécie de sinal para os 26 clubes. Apesar de informações nacionais, como a do amigo e colega Rodrigo Capelo, do ge.globo e do Sportv, que a primeira cota seria de R$ 350 mil, o Avaí não confirma. O certo é que vai pingar mesmo um primeiro valor ainda para a temporada atual.
AO VIVO: Avaí recebe o Brusque buscando não se distanciar da liderança no Catarinense
Vexame Mundial
Com todo o poderio financeiro e com a qualidade dos jogadores que tem, o Flamengo foi o vexame da semana ao perder a semifinal do Mundial de Clubes da Fifa, em Marrocos, para o Al Hilal, da Arábia Saudita. Um castigo merecido para a bagunça que foi a preparação para este campeonato, que envolveu uma troca de treinador, com a saída de Dorival Júnior, o técnico campeão da Libertadores e da Copa do Brasil 2022, e a chegada, bem atravessada, de Vitor Pereira e toda a confusão na saída do Corinthians.
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Além disso, o Flamengo não se planejou adequadamente para competir o Mundial. Férias muito longas, troca de treinador, fanfarronices como o grito de vestiário “Real Madrid pode esperar que a tua hora vai chegar” viraram o pacote perfeito para o desastre em campo. Aliás, quem viu os jogos do Flamengo neste ano já sabia que seria complicado algo dar certo em Marrocos. Um time desorganizado em campo e com deficiências visíveis na preparação física.