Quatro meses depois, não há quem possa responder, antes da bola rolar, como estão as oito equipes que seguem a partir desta quarta a disputa pelo título da temporada em Santa Catarina.
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A marca é a do equilíbrio.
Além da inédita paralisação necessária, por conta da pandemia, há outros fatores que deixam o campeonato aberto.
A preparação das equipes teve que se adaptar às condições, que tiveram que obedecer ao novo normal, passando por treinamentos por videoconferência, presenciais e individuais, presenciais em pequenos grupos, até chegar ao treinamento coletivo. Tudo isso, influencia, naturalmente, no que vai ser apresentado em campo.
As equipes não são as mesmas. Houve contratações e também saídas. O Joinville, por exemplo, perdeu um de seus principais destaques, que foi o atacante Fernandinho. A Chapecoense deve recomeçar com três jogadores contratados e que vão ser titulares do time de Umberto Louzer. O Avaí trouxe uma referência fortíssima, que é o volante Ralf. Então, aqueles times que terminaram a fase de classificação já não existem mais. São diferentes agora.
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Há um fator que não está sendo levado em consideração, mas que muda muito qualquer disputa, que é o caráter decisivo dos jogos. Todos os times recomeçam com partidas eliminatórias de mata-mata. A margem de erro é menor pra todos. É diferente de vir preparando um time durante o campeonato para depois entrar no mata-mata.
E ainda há o fator casa diminuído pela ausência dos torcedores nas arquibancadas. O recomeço na Europa mostrou que o fator casa no peso dos resultados diminuiu. Não há mais aquele incentivo, que às vezes reflete no rendimento da equipe. Não há mais aquela pressão, que às vezes atrapalha o time adversário. Não há também aquela pressão, que, inconscientemente, influencia nas decisões da arbitragem. Então, os jogos vão ser disputados em um conceito que é quase de campo neutro.
Dá pra analisar que o Avaí segue sendo muito forte, porque tem jogadores de muita qualidade. Dá pra imaginar que a Chapecoense evoluiu daquele time que começou tão mal a temporada. Dá pra entender que Brusque e Marcílio Dias tem tido crescimento constante no ano a ano. Que o Figueirense tem um trabalho muito bem feito e bons e experientes jogadores. Que o Criciúma tem tradição e um técnico que conhece alguns caminhos, como Roberto Cavalo. Que o Juventus é muito bem treinado por Jorginho. E que o Joinville faz um ótimo trabalho de reconstrução.
É isso, por enquanto. O resto a gente vê dentro de campo juntos.