As emoções e tensões da Série A parecem estar mexendo com o técnico Claudio Tencati, do Criciúma. O treinador tem sido protagonista de alguns fatos que têm chamado atenção nas últimas partidas.
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Primeiro disse em coletiva, depois do empate com o Bahia, que se achassem que seria melhor interromper o trabalho que fosse assim, demonstrando certo cansaço das cobranças pelos resultados.
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Na rodada do final de semana passado a cena foi para o Brasil inteiro ver. Após o segundo gol do Criciúma na vitória sobre o Botafogo, Tencati, em vez de comemorar, virou pra arquibancada para gritar e “desabafar” com um torcedor que certamente estava buzinando no ouvido dele.
E na derrota do Criciúma para o São Paulo neste meio de semana, Tencati estava irritado com as perguntas na coletiva pós-jogo, devolvendo aos repórteres os questionamentos. Quem viu o jogo pensou igual: as mexidas foram boas para o time, mas poderiam ter sido feitas no intervalo e não aos 25 do 2º tempo.
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Perguntado sobre isso, o técnico mais uma vez mostrou sua irritação. Era um questionamento normal e o repórter fez seu papel, porque está ali mesmo para perguntar, pra que todos possam entender. Eu também queria saber por que Fellipe Mateus e Claudinho não entraram antes e por que Tencati insiste tanto com Barcia, que já teve todas as oportunidades e não desempenha. Era só responder e explicar. Nada demais.
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E vai seguir assim, porque a Série A é dureza e o Criciúma normalmente vai ter mais tropeços e dificuldades na caminhada. Tencati vai ser cobrado pelo torcedor, que vive a paixão pelo seu time, e vai ser questionado pelos repórteres em todas coletivas. A cobrança é normal. Não pode se irritar, nem se revoltar com isso. Melhor guardar as energias e se concentrar efetivamente em treinar o time e nos adversários.
Não há e não é um embate e nem uma disputa pessoal. Tencati precisa entender que ocupa uma posição de exposição e pressão, e o Criciúma está bem, fazendo bonito na elite e vai seguir lutando a sua luta pela permanência no jogo a jogo.