O Avaí foi melhor do que vinha sendo. Teve um pouco menos de posse de bola, mas foi mais agressivo, com boas jogadas, finalizações e chances reais de gols e de vencer na Arena Castelão. Nos números, teve 45% de posse de bola e 12 finalizações, sendo quatro no alvo. Pelo menos duas chances de marcar, uma jogada pela esquerda no primeiro tempo, mas a chance muita clara foi perdida por Gabriel Lima, furando no passe de Vinicius Araújo. Boas novidades no time, como Wesley, como primeiro volante, que foi bem.

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O segundo tempo começou com pressão enorme do Ceará. O Avaí não conseguia encaixar os contra-ataques, mas nos 15 minutos finais os espaços foram maiores. O Avaí, com um pouco mais de inteligência e capricho poderia ter definido pra vencer. Teve a grande chance. Não podia perder. Era 37 do segundo tempo. Gabriel Lima perdeu a oportunidade de ouro para fazer três pontos. A derrota machuca ainda mais por ser um adversário direto. Na contagem geral, o resultado é péssimo por isso. O Ceará fez seis pontos em cima do Avaí.

O gol e o VAR

Gols decisivos em finais de jogos tensos costumam ser muito reclamados. Por um fator humano, que é a perda de um trabalho inteiro. Acontece que o gol do Ceará foi legal. Desta vez, discordo das reclamações do Avaí. Vladimir sai muito mal do gol. É ele que esbarra no jogador do Ceará, Juninho Quixadá. Nem mesmo a ação de bloqueio existe. E na disputa de Bergson com Betão não há nada. O atacante ganha no alto do zagueiro e coloca no fundo da rede. Respeito bastante Betão e, por isso, olhei várias vezes o lance pra tentar achar a ação de empurrão ou bloqueio que ele reclamava após o jogo. Não achei.

Mas há uma questão que precisa ser muito discutida. O árbitro da partida, o experiente Marcelo de Lima Henrique, não aponta para o meio. Ou seja, ele não confirma o gol no momento. A assistente número dois, Andrea de Sá, corre para o centro do gramado, sinalizando gol legal. Mas a dúvida persiste pela falta de sinalização do árbitro.

Ele, ao que parece, ficou em dúvida sobre o lance e acabou refém do VAR – o que não pode acontecer. Marcelo de Lima Henrique tinha obrigação de sinalizar algo. Ou sinaliza gol ou falta, mas sinaliza. O apito do árbitro é determinante numa partida. Ele ficou esperando a checagem do VAR – que sempre ocorre em lances de gol – para sinalizar, o que é um erro. Neste caso, o VAR foi o árbitro. Está errado. E se estava em dúvida, Marcelo de Lima Henrique tinha que ir ver no monitor para que ele tivesse uma decisão. A conduta foi péssima. O que gerou toda a confusão e aumentou ainda mais as reclamações.

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