Não há algo tão especial num campo de futebol quanto a alegria de fazer e celebrar um gol. É uma linguagem mundial. Nos quatro cantos do planeta, durante uma partida de futebol, os gols são celebrados com manifestações que são únicas e que representam cada país, cada continente, com suas diferenças culturais e com suas diferentes raças.

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A polêmica da semana começou quando o meio campista Koke, do Atlético de Madrid e da Seleção da Espanha, mandou um aviso a Vinicius Jr, do Real Madrid e da Seleção Brasileira.

“Se ele fizer um gol e decidir dançar, haverá problemas, com certeza”

Era uma ameaça. Uma tentativa de imposição e intimidação. Koke é um dos líderes históricos do Atlético de Madrid e estava tentando “marcar território” para o clássico que vai ocorrer neste domingo.

O assunto virou debate na capital espanhola e no país. Até que veio a manifestação odiosa e racista. No programa “El Chiringuito” da TV espanhola, o empresário Pedro Bravo condenou as danças de Vini Jr com declarações que contêm xenofobia e racismo juntos.

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“Tem que respeitar o adversário. E quando tu faz um gol no adversário, se queres dançar samba, que vá dançar no sambódromo, no Brasil. Aqui o que tens que fazer é respeitar teu companheiro de profissão e deixar de fazer macaquice”.

Não é preciso dissertar muito. Xenofobia e racismo! Um lixo de declaração. Um absurdo!

A resposta foi mundial. E precisa ser! De imediato surgiu a hashtag #bailaVinijr nas redes sociais. O Real Madrid, a CBF, o Flamengo, Neymar, Xavi, o maior de todos, Pelé, se pronunciaram dando suporte a Vini Jr. com notas oficiais ou mensagens em suas contas públicas.

Por fim, o próprio Vini Jr. fez uma publicação em suas redes. Foi um baile de resposta contra o racismo e a xenofobia. Vini Jr. dançou com as palavras, com sua meninice alegre, com sua humildade. Foi emocionante o depoimento.

É isso! Joga y joga! Meteli gol y meteli gol, Vini jr.! Baila y baila! Sempre! Todos quer ver seus dribles, seu sorriso, suas danças de alegria. O futebol precisa de ti! Contra o racismo! Contra a xenofobia!