A base tática dos semifinalistas do Campeonato Catarinense é a primeira diferença. O Avaí está montado para se organizar em campo num 4 1 4 1. O Brusque parte de uma base com as famosas duas linhas de quatro, num 4 4 2.

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No Avaí, a formação tática tem destacado o trabalho do volante Bruno Silva. Ele é aquele “1” entre as duas linhas de quatro. Acaba participando muito do jogo, seja na hora de defender ou de atacar. Geralmente, o posicionamento de Bruno Silva determina a postura do Avaí em campo – se está mais agressivo ou mais retraído. Quando Bruno Silva aparece pegando a chamada “segunda bola”, que são os rebotes, é um Avaí muito agressivo que está em campo.

No Brusque, tudo gira em função da liberdade que Thiago Alagoano tem. Ele tem prioridade na montagem da equipe. Fica solto na frente, com liberdade de movimentação, por trás do centroavante, que é Júnior Pirambu. Ele é um daqueles “2” da linha de ataque. Essa liberdade facilita a chegada dele nos lances de perigo. Ele vai onde a bola vai estar, fazendo com muita facilidade as famosas diagonais por trás da defesa. Ao mesmo tempo, os companheiros procuram por ele como uma referência.

Jogo Coletivo x individualidades

Thiago Alagoano é o artilheiro do Brusque
Thiago Alagoano é o artilheiro do Brusque (Foto: Lucas Gabriel Cardoso/ Brusque FC)

O Brusque tem uma facilidade enorme pra se ajustar em campo. Muitas vezes espera o adversário, para atrair e gerar espaços no ataque. Faz com as transições, os contra-ataques, principalmente pelo lado esquerdo.

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Mas sabe jogar pressionando o adversário também. Quando Rodolfo Potiguar começa a aparecer adiantado, o Brusque está agredindo a marcação de maneira muito forte. Gera um risco na defesa, mas a equipe está acostumada com esse movimento.

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O Avaí atual surpreendeu durante a competição com dois meias adiantados. Giovanni e Marcos Serrato jogam avançados por dentro, praticamente na mesma linha. Eles têm errado mais do que acertado, mas é uma demonstração de como o Avaí manteve uma postura agressiva durante o campeonato.

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É uma análise muito simples de posicionamento e bases das equipes. O Brusque coletivamente é mais forte e tem no ataque a frente, com Pirambu e Thiago Alagoano bem na competição. O Avaí evoluiu muito no campeonato, mas vai precisar crescer coletiva e individualmente para chegar à decisão. Valdívia, Giovanni e Júnior Dutra precisam aparecer mais.

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