O reencontro do Avaí com o técnico Alberto Valentim não poderia ter um roteiro mais curioso. O técnico, que teve uma passagem desastrosa pela Ressacada, acaba de colocar o Botafogo na zona de rebaixamento também. Foram seis jogos comandando a equipe carioca e cinco derrotas. Valentim venceu apenas o CSA com o Fogão. Perdeu para Vasco, Grêmio, Cruzeiro, Santos e Flamengo. Três partidas foram contra equipe realmente superiores. Mas duas derrotas foram confrontos diretos. Fez um jogo forte contra o Flamengo, mas muito em função da rivalidade. Contra o Cruzeiro, o Botafogo foi uma equipe totalmente desorganizada. A pressão é enorme.

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Confira o comentário:

O Avaí precisa saber aproveitar. Marcando muito forte e explorando os erros que vão surgir. É o caminho para buscar até mesmo uma vitória no Rio de Janeiro. Valentim dirigiu o Avaí em 15 partidas nesta Série A. Foram apenas três vitórias, com quatro empates e oito derrotas. O aproveitamento foi de 28%, que é número de rebaixado mesmo. Com o Botafogo este número está ainda pior, com 16,6%. Para o treinador são os dois trabalhos ruins dele este ano frente a frente. Para o Avaí é uma chance de mostrar algo melhor.

Não é pela dignidade. É pelo Avaí. É por sua torcida.

O Avaí está pela confirmação matemática de um rebaixamento que vai vir. E começaram os discursos, que são lugar comum neste momento, de “jogar pela dignidade”. É algo que não cabe. Acredito em competição. Restam sete jogos, com o desta segunda, contra o Botafogo, e é preciso competir. O campeonato não acabou, mesmo que o rebaixamento seja uma realidade. É preciso entrar em campo é disputar forte as sete partidas. Pra vencer quantas puder vencer. Esse negócio de “pela dignidade” parece prêmio de consolação. O que vale é defender o camisa do Avaí. O que vale é jogar para dar uma resposta ao torcedor avaiano.

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