Avaí vai à justiça contra proibição da prefeitura de Florianópolis

Em ligação durante o intervalo do Debate Diário desta terça, o presidente do Avaí, Francisco Battistotti, me afirmou duas questões importantes neste momento.

A primeira delas é a mais importante: o Avaí vai à Justiça contra as restrições impostas pela prefeitura de Florianópolis, que impedem treinos em grupo e com bola e que proíbem a realização de jogos na Ressacada.

Battistotti entende que o Avaí fez tudo que era possível para voltar a trabalhar, com protocolos rigorosos e que vêm sendo seguidos pelo clube e seus atletas neste período de treinamentos em Palhoça, onde é possível fazer.

Entende também que o Avaí liderou todo este processo com sua autoridade médica, dr. Luís Fernando Funchal, que esteve responsável pelos protocolos no estado e no país, elaborados pela Associação de Clubes SC, FCF, e pela CBF.

E que nada disso está sendo avaliado nas decisões do prefeito Gean Loureiro. 

A intenção é garantir na justiça o direito de trabalhar na Ressacada seguindo todas as regras estabelecidas nos protocolos e obedecendo as medidas protetivas do “novo normal”.

Polêmica sobre o campeonato adiantado

Na mesma ligação, o presidente Battistotti, fez questão de ressaltar que o Avaí não quer o campeonato de forma antecipada, mesmo que tenha colocado esta proposta no ofício enviado à FCF nesta segunda-feira.

“O Avaí vai lutar com todas as suas forças para jogar o restante do Campeonato e jogar as partidas em casa.”

Mas porque colocou então a proposta no ofício?

Segundo o presidente, para resguardar um direito que considera ser do Avaí, caso o campeonato não tenha sequência. 

Ainda, para lembrar que o próprio presidente da FCF, Rubens Angelotti, havia citado esta possibilidade em entrevista no dia 15 de março à rádio Eldorado – de que se o campeonato não pudesse seguir, a Federação poderia declarar o líder da primeira fase como campeão 2020.

Opinião

Avalio que o Avaí entrou em terreno perigoso com a proposta do título antecipado. Ficou sozinho. Foi preciso, então, esclarecer que não é a real intenção. Não deveria ser mesmo.

O Avaí está coberto de razão quando “grita” que quer jogar na sua casa. Já escrevi e referendo que é o direito do clube defender esta conquista de campo na primeira fase.

Sobre o título ser do Avaí caso o campeonato não puder ser tocado não acho que seja injusto, afinal o Leão foi o melhor da primeira fase realmente. 

Só que ainda não parece ser o mais correto decidir assim. Isto tem que ser o reflexo de uma decisão colegiada e tomada por absoluto impedimento de dar sequência aos jogos. Ainda não parece que o campeonato não vá terminar, mesmo com todas as dificuldades.