Nos últimos três anos o Avaí vem repetindo uma fórmula na montagem do grupo de jogadores: muita experiência e alguns medalhões. Os times de 2020, 2021 e 2022 estiveram sustentados em jogadores com média de idade muito alta.

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Em 2020 com Edílson, Gledson, Betão, Ralf, Rafael Pereira, Bruno Silva, Wesley e Rildo.

Em 2021 com os mesmos, Gledson, Edílson, Betão, Rafael Pereira e Bruno Silva, que tiveram ainda com eles Diego Renan, Jadson, Jean Cléber, Copete, Vladimir e Júnior Dutra.

Este ano de 2022 permaneceram Gledson, Bruno Silva, Vladimir e Jean Cléber. Chegaram outros como Rafael Vaz, Cortez, Guerrero, Natanael, Galdezani e Muriqui, além de Renato que permaneceu e já alcançava os 32 anos.

O ano começou como um discurso de mudança deste perfil, com a chegada de um executivo que prometia mudar a linha de trabalho, que era William Thomas. O início da temporada realmente mostrou algo neste caminho com as vindas de Bissoli, Kevin, Raniele e até Jean Pyerre. Eram bons jogadores, mais jovens, e com boas chances de crescer com o Avaí numa Série A. O clube ainda promovia o jovem Arthur Chaves como referência da base e da defesa do time principal.

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Mas a linha de trabalho foi se perdendo a partir da saída de William Thomas, que seguiu seu caminho para o Internacional. O time base de Barroca voltou a estar com média de idade elevada, com Vladimir, Rafael Vaz, Cortez, Bruno Silva e Muriqui em campo. Com a necessidade de muita energia, competitividade e intensidade, o time sofria nos segundos tempos das partidas.

Isso refletia nos placares dos jogos. Havia certa qualidade e o Avaí saiu na frente em jogos muito importantes e representativos – Palmeiras(em casa), Flamengo(em casa), Athletico-PR(em casa), Atlético-MG(fora de casa), Corinthians(em casa), Cuiabá(em casa), Botafogo(em casa), América-MG(fora de casa), Goiás(fora de casa), e Juventude(fora de casa). São 10 jogos. Faltou, entre outras coisas, condição física, que intereferiu na intensidade do time e na capacidade de competir. Vitórias parciais viraram empates e derrotas. 

Este é só um quesito de avaliação, mas é muito importante. Para 2023 este dado tem que entrar no pacote de avaliações do “elenco” e projeção das contratações. Todo time precisa ter algo de experiência, é verdade. Mas o Avaí passou do ponto nos últimos anos e o que era pra ser a dose certa do remédio virou veneno pelo exagero.

Confira a entrevista coletiva de Marquinhos após a derrota para o Cuiabá:

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