A última semana de 2021 não será nada tranquila no Avaí. É a última semana da gestão Francisco Battistotti e etapa final da transição para o novo presidente Júlio Heerdt. Mas a questão dos salários atrasados está em pauta e possivelmente tem posições divergentes e uma advertência de um grupo de atletas que não vai ter contratos renovados para 2022.
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Segundo informações do presidente atual, o Avaí já finalizou toda a operação bancária para antecipar parcela de recebíveis de 2022 – do contrato de transmissão da Série A com a Rede Globo – junto a uma instituição bancária. “Entre R$ 8 e 9 milhões” foi o que revelou Francisco Battistotti em entrevista ao Debate Diário da CBN Diário desta segunda-feira.
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Battistotti ainda revelou que houve uma discussão interna com o grupo de transição de Julio Heerdt e uma divergência sobre quem deveria receber.
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“Até o dia 31 a gestão é minha. Na reunião dentro da minha sala, foi sugerido pagar apenas quem ficasse e não quem iria embora. Eu falei que não. Quando acabar o valor, todos ficam sem receber, seja quem fica ou quem foi embora.”, disse Battistotti no Debate, reiterando o posicionamento e garantindo que vai fazer do seu jeito.
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Ameaça de jogadores de denúncia no sindicato
Durante o Debate Diário, o colega Luciano Calheiros trouxe uma nova informação para a discussão. De que um grupo de jogadores está se reunindo para protocolar oficialmente reclamação junto ao sindicato dos atletas profissionais contra o Avaí por causa dos atrasos.
Este grupo, cerca de nove atletas que não teriam contrato renovado, teria recebido a informação de integrantes da nova gestão de que a ideia era pagar agora somente os atrasados de quem tem contrato ou vai renovar. Por isso estão encaminhando este posicionamento. Logo após o Debate Diário, confirmei as informações com o lateral direito Edilson, que está entre os jogadores que não vão ficar no Avaí em 2022.
Esta ação poderia complicar o Avaí por causa do Fair Play Trabalhista, regra incluída pela CBF em 2015 no regulamento do Campeonato Brasileiro. Este regulamento pode levar à perda de pontos de um clube na competição nacional por salários atrasados.
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