Se fosse analisar somente os resultados até aqui, escreveria que o trabalho de Evando não tem nada. Mas seria uma análise simples, rasa e equivocada. Tem sim. O Avaí, depois de muito tempo e muito campeonato, está jogando um futebol mais condizente, mais compatível, com o papel que o time tem na Série A do Brasileiro.

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Não cabe ao Avaí tentar jogar de igual para igual com os melhores times do país. E o time passou quase um campeonato inteiro tentando fazer isto. Cheguei a escrever que o técnico Alberto Valentim fazia do Avaí um laboratório das suas ideias de futebol e não dava ao time aquilo que ele precisava, que era um caráter mais competitivo. Pura vaidade do ex-técnico.

A equipe jogou aberta, com marcação frouxa e defesa exposta em muitas rodadas. E não criava absolutamente nada. Melhorou em posse de bola. Mas a posse pela posse não serve pra nada. Pra nenhum time, seja o Flamengo ou o Avaí.

Nem mesmo os melhores times querem ter "apenas" posse de bola. O Avaí precisava, há muito tempo – na verdade, desde o início -, o que Evando está dando. Um grau de competitividade maior, com um meio mais marcador, com uma defesa recolhida na área e uma linha defensiva de cinco fechando espaços.

Fez muito bem contra o vice-líder, o Palmeiras. Perdeu porque Weverton salvou o Palmeiras em três defesas e porque a arbitragem caiu na simulação de salto ornamental do atacante Deyverson. Mas seguindo assim, o Avaí está mais perto de vencer. Porque mais competitivo, o time já está.

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