Ainda sobre o episódio da venda do mando de campo do jogo Avaí x Flamengo, e agora com as explicações dadas pelo presidente Francisco Battistotti, é preciso registrar que dois foram os principais erros da direção. O primeiro deles foi não cumprir o prazo. O caderno de encargos sobre as determinações para os estádios da Série A foi distribuído no final de 2017 com prazos que passariam a ser cobrados em 2019. Houve tempo para fazer e não ser punido.

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O segundo erro foi o tratamento da questão junto à torcida. Era preciso trazer o assunto à tona mais cedo e explicar para o torcedor, principalmente para o sócio, o que estava ocorrendo.

Quando o Avaí inaugurou a nova iluminação, a impressão passada foi de que tudo estava pronto e finalizado. Depois da punição imposta, não há como condenar totalmente a solução de vender o mando e ganhar uma grana extra. Numa gestão correta com os números, entre levar um prejuízo e obter lucro com a situação, apostaria também na segunda via.

Ouça o comentário na CBN:

Chape conseguiu adiar o prazo

A Chapecoense tinha, como o Avaí, o prazo de 31 agosto para cumprir o caderno de encargos, no que se refere à iluminação do estádio. Mas a Chape conseguiu prorrogação para dia 10 de outubro. A obra já está sendo feita na Arena Condá. O que apurei foi que houve um tratamento diferenciado entre estádios públicos e privados.

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Os estádios públicos, como a Arena Condá, que é da prefeitura, ganharam um tempo maior por causa das burocracias legais de obras públicas. O que, na minha visão, torna o aperto dado aos estádios particulares injusto. Não pode ser demérito ter estádio próprio – foi o que ficou parecendo neste caso.