Foi uma busca difícil e cheia de reviravoltas. A procura do Avaí pelo novo treinador passava pela premissa “não podemos errar! Temos que achar uma certeza”. Com esse mandamento a direção azurra começou a olhar o mercado e estudar possibilidades.

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O nome de Gustavo Morínigo já aparecia entre as possibilidades na semana passada, logo após a desistência de Guto Ferreira, que preferiu esperar pela Série A a fechar com o Avaí. Guto já tinha conversa bem adiantada e o Avaí esperava fechar na segunda-feira passada, mas na última hora o treinador preferiu não acertar.

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A certeza era tamanha que o impacto da negativa de Guto também foi grande. A direção começou a olhar melhor o mercado e se cercar de informações sobre os profissionais. Foi quando foi colher informações sobre o paraguaio Morínigo. Mas na semana passada, o que ouviu do mercado ainda não foi o suficiente para uma convicção de que era o nome mais certo – a tal certeza!

O Avaí queria um treinador com bagagem de acesso no currículo. Alan Aal era uma possibilidade que o mercado mostrava. Tem currículo de acesso com o Cuiabá, em 2020. Mas internamente não agradava e não chegou a haver uma real negociação com ele.

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Conhecido e próximo do executivo do Avaí André Martins, com quem foi campeão com a Chapecoense na Série B em 2020, Umberto Louzer era outra alternativa, mas está empregado no CRB e se fortaleceu no cargo no final de semana, com uma vitória fora de casa sobre o Novorizontino.

Jair Ventura chegou a ser sondado e era uma opção interna forte. Era desejo de alguns na Ressacada, mas o ex-treinador do Botafogo e do Corinthians, assim como Guto Ferreira, também quer a Série A.

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O Avaí chegou a buscar informações sobre Pintado, que acabou de deixar o Juventude, time com o qual subiu em 2020. Mas a conclusão era que não era o ideal para o grupo do Avaí no momento.

Ainda havia Daniel Paulista, que também estava disposto a vir, mas que não tinha a convicção da diretoria. Bagagem menor e sem o tal currículo de acesso.

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Foi quando o Avaí voltou a trabalhar o nome do paraguaio Morínigo, ex-treinador do Coritiba e do Ceará. Com o Coritiba, acesso em 2021. Com o Ceará passagem rápida e boa neste ano. Colocou o time em duas finais – do Cearense e da Copa do Nordeste.

O Ceará foi campeão da Copa do Nordeste 2023, mas na última partida Morínigo já não estava. Foi demitido após a primeira final, quando ganhou do Sport por 2 x 1. Havia perdido a final do Estadual para o Fortaleza. Eduardo Barroca dirigiu o Ceará na finalíssima em Recife. O bom currículo pesou a favor dele.

Trabalho bom no dia a dia

“É um cara agregador, com convicções e muito bom de grupo. Dá abertura para os líderes de grupo”. Foram informações que obtive sobre o novo técnico do Avaí, Gustavo Morínigo. Vindo de pessoas que trabalharam com ele no dia a dia.

Adepto do chamado jogo posicional, chega a fazer treinamentos de 11 x 0 para fixar conceitos táticos de posicionamentos em campo. Estudioso, passou bom tempo trabalhando nas categorias de base da Seleção paraguaia. É um organizador de time.

Pessoalmente é um cara bastante fechado. “Não costuma dar moral pra imprensa”, no que se refere a críticas e elogios. A preparação física da comissão técnica dele também foi muito elogiada.

Acredito que o Avaí fez uma ótima escolha. Morínigo impressionou bastante com o Coritiba em 2021. Deixou boas memórias nos torcedores do Coxa e até do Ceará. Vai ter uma trabalho duríssimo pela frente. O Avaí, além de um novo treinador, tem carências claras de qualidade de grupo.

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