Todo time precisa de entrosamento para funcionar. As declarações dos dois lados da história, o lado do clube, o Avaí, e o lado do treinador, Augusto Inácio, dão a exata noção de que não houve um encontro de ideias para desenvolver o trabalho a longo prazo.

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A demissão em sete jogos veio com uma declaração forte de Marquinhos, que falou em "falta de conteúdo, vestiário e relacionamento".

Inácio chegou em Portugal e disse para a imprensa portuguesa que o trabalho dele foi boicotado e que havia alguns cânceres no clube, que precisaria de uma mudança mais estrutural.

E nesta quarta, mais uma vez, o Departamento de Futebol se pronunciou. Segundo Diogo Fernandes, a avaliação pela saída do técnico português foi feita logo após o jogo contra o Marcílio Dias, ainda na segunda rodada do Catarinense. Os relatórios já apontavam, segundo Diogo, que a equipe seria muito mais dependente do talento individual do que do jogo coletivo e que não era isso que se queria.

Avalio de o que tudo isso coloca um ponto final na história e que está claro que não havia como seguir em frente. O erro do Avaí foi na origem, na contratação.

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Independentemente do que poderia vir a realizar o treinador Augusto Inácio, e daquilo que o Avaí vai fazer a partir de agora com Rodrigo Santana, não houve um trabalho em sintonia, um encontro de ideias. E sem sintonia, sem entrosamento, realmente é muito difícil fazer o futebol de qualquer conjunto funcionar.

Importante ressaltar também, sem dar mais razões para um lado ou para o outro no bate-boca, é que o que se viu em campo em sete jogos não foi nada animador. Já escrevi e reitero: houve apenas dois bons momentos, que foram os 20 minutos iniciais contra o Marcílio Dias e os 30 minutos iniciais do clássico no Orlando Scarpelli. É pouco para alguém que cruzou o Atlântico para trazer novas e modernas ideias.