O Catarinense 2020 começou a ficar mais claro depois de quatro rodadas disputadas. E duas equipes chamam atenção, não só pela pontuação, mas por aquilo que entregam em campo.
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O Brusque é líder e quem viu as partidas da equipe do Vale sabe que a liderança tem motivos e futebol consistente.
O time comandado por Jersinho Testoni sabe o que fazer em campo. Tem um sistema sólido de marcação com um time compacto e uma saída rápida e muito objetiva. Foi assim que venceu na Ressacada e na Arena Condá. E é possível afirmar também que o Brusque merecia vencer o jogo que perdeu, na primeira rodada, para o Marcílio Dias. Foi melhor em Itajaí, mas acabou perdendo em grande atuação do goleiro Belliato.
O Avaí é um time com mais qualidade e mais recursos. Tem jogadores experientes, como Bruno Silva e Rildo. Tem juventude com Valdívia e Jonathan. O Avaí mostrou dois momentos mais fortes. O primeiro tempo contra o Marcílio Dias, na Ressacada, foi muito bom, com compactação, agressividade e intensidade. Durou pouco, mas foi muito bom. O segundo momento forte do Avaí foi no clássico, com 30 minutos de absoluto domínio no primeiro tempo. O Avaí está ainda em desenvolvimento, mas já mostra muita força. Tem jogadores chegando que vão deixar o time ainda mais forte. É um grande candidato neste estadual.
Jec e Figueirense estão na média
O Figueirense está muito jovem e ainda mostra fragilidades. Tem bons jogadores, como o meia Guilherme. É um talento que começa a aparecer. Na frente, Diego Gonçalves tem qualidades individuais, mas ainda precisa saber jogar o jogo coletivo. O Figueirense também é um time em desenvolvimento, tem qualidade, mas ainda precisa se reforçar mais para estar mais forte na hora de decidir.
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O Joinville fez boas partidas. O primeiro tempo contra o Tubarão foi bom, apesar de cadenciado demais. As derrotas seguidas para o Brusque e para o Figueirense poderiam ter sido vitórias tranquilamente. Foram jogos perdidos no detalhe e em que o Joinville mostrou virtudes. O Jec tem organização coletiva e tem um lado esquerdo forte, principalmente quando Lucas de Sá encosta em Fernandinho. Pode crescer ainda mais.
Chape e Criciúma decepcionam
A Chapecoense tem apresentado um futebol improdutivo. O time tem pouca criatividade e agressividade com a bola. Falta velocidade na frente. Acaba esbarrando nas defesas adversárias e oferecendo espaços no contra-ataque. É um clube que ainda está contratando. Pode mudar bastante durante a competição. Hemerson Maria tem um grande desafio pela frente, mas conhece o caminho. É preciso aguardar.
Já o Criciúma assusta com atuações abaixo da média. Vi um time muito espaçado em campo, sem uma organização coletiva. É um time novo e que exige muito trabalho do treinador. Não há destaques individuais, que possam amenizar o impacto destas mudanças e resolver alguns problemas dentro de campo. Mesmo na vitória, na rodada de abertura, o time sofreu bastante. O torcedor do Tigre tem motivos para se preocupar.
A surpresa Juventus
O Juventus é um time muito organizado em campo. Tem também equilíbrio entre força e mobilidade. Falta um pouco no ataque para definir jogos e fazer vitórias. O destaque é Fabinho, mas falta um companheiro pra ele. O que precisa ser ressaltado é o trabalho do técnico Jorginho. É um profissional com currículo e bons trabalhos. Jorginho está acrescentando ao futebol catarinense no comando do modesto Juventus.
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